Quebra da safra americana deixa mercado da soja mais sensível à possíveis problemas climáticos na América do Sul
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Entrevista com Camilo Motter - Granoeste Corretora de Cereais sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O mercado da soja fechou esta quinta-feira (31) com leves altas, entre 0,5 a 1,75 ponto positivo. Para Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, as principais variáveis continuam girando em torno da peste suína africana, da guerra comercial entre EUA e China e das variações climáticas.
Relatos de que a PSA esteja se alastrando são constantes, o que poderá acarretar em menor demanda por milho e soja. Só a China já abateu cerca de 40% do plantel de suínos do país, uma perda considerável, já que o país é o maior produtor e consumidor de carne suína do mundo.
As expectativas de um acordo comercial entre EUA e China esfriaram, ainda mais depois que o Chile cancelou o COP25, Conferência Mundial que debateria mudanças climáticas e preservação ambiental, além do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), oportunidade em que os presidentes Donald Trump e Xi Jinping iriam se encontrar para uma possível assinatura da "Fase 1" de um acordo entre os dois países.
Nas questões climáticas, a preocupação do mercado deixa de ser os Estados Unidos e começa a se voltar para a América do Sul. Enquanto a colheita nos EUA continua avançando, o plantio sulamericano passa por atrasos. Apesar do risco ainda não ser contabilizado pelo mercado, uma possível redução na safra faria os preços da soja voltarem a subir.