Prêmios da soja voltam a subir no Brasil com demanda chinesa aquecida. Só em outubro são 6 milhões de toneladas contratadas
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Entrevista com Luiz Fernando Gutierrez Roque - Analista da Consultoria Safras & Mercado sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Com a falta de notícias sobre a reaproximação comercial entre China e EUA ao longo do dia, o mercado da soja encerrou esta quinta-feira (24) levemente negativo. Para Luiz Fernando Gutierrez Roque, analista da Safras & Mercado, o mercado reagiu com otimismo frente às notícias de um pssível acordo entre EUA e China, porém, a falta de confirmação de compras efetivas fez com que os investidores ficassem nop aguardo de novidades.
O receio se confirma com o relatório de vendas semanais de soja do USDA, que veio abaixo doo esperado. Na semana encerrada em 17 de outubro, os EUA venderam somente 475,2 mil toneladas da oleaginosa da safra 2019/20, quando os traders esperavam algo entre 700 mil e 2 milhões de toneladas.
Leia: USDA: Vendas semanais de soja dos EUA ficam bem abaixo das expectativas
Apesar de toda a especulação sobre a demanda da China nos Estados Unidos, os preços da soja no mercado brasileiro seguem encontrando suporte nos prêmios melhores que têm sido observados nesta semana. Os negócios menos frequentes no Brasil em função de uma baixa do dólar e da pouca movimentação dos futuros da oleaginosa na Bolsa de Chicago dão espaço para uma recuperação dos valores nos porto dos país, indicando também que a demanda pelo produto nacional segue intensa.
As exportações em outubro superam 6 milhões de toneladas e novembro já conta com 1,5 milhão de t. para serem embarcadas. De acordo com o analista, se novembro chegar a 3 ou 4 mi. de t. e dezembro contabilizar vendas de 2 milhões de toneladas, as exportações brasileiras irão superar a expectativa inicial de 72 milhões de toneladas de soja.
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