Em Chicago, agravamento da guerra comercial faz soja cair até 14 pts (Jack Scoville)
Esta sexta-feira (23) foi um dia de novas tensões políticas entre China e Estados Unidos. De um lado, o país asiático vai impor taxas adicionais de importação sobre bens norte-americanos incluindo automóveis, petróleo e soja. Do outro, os Estados Unidos pressionam que empresas americanas encerrem operações na China.
Para Jack Scoville, analista da Price Futures Group, a crise comercial não foi o principal fator para as quedas de preços da soja, já que a demanda pelo país asiático pela soja americana tem sido baixa há alguns meses.
O tem chamado a atenção é o clima nos EUA, pois as lavouras estão muito atrasadas e com desenvolvimentos desuniformes. Nos últimos dias, o mercado tem ficado atento ao tradicional ProFarmer Midwest Crop Tour, um dos mais antigos tours de safra dos EUA, conhecido por trazer números bem próximos da realidade das lavouras norte-americanas. E como já era de se esperar, nas primeiras paradas feitas pela equipe, já puderam ser verificados problemas sérios de maturação e desenvolvimento dos campos Corn Belt afora, além de grandes extensões de área que não foram plantadas.
De acordo com o ProFarmer, a produtividade média de milho deve ficar em torno de 170 sacas/ha e a de soja em 51 sacas/ha. Com a proximidade de mudança de estação nos Estados Unidos, os dias estão ficando cada vez mais curtos e a falta de luminosidade também pode afetar o desenvolvimento das plantas, o que dificulta ainda mais a precisão para uma estimativa de produtividade da safra americana.