Apesar de cotações neutras para soja em Chicago, dólar em alta e avanço dos prêmios permitem negócios a R$ 83/saca nos portos
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Entrevista com Vlamir Brandalizze - Analista de Mercado da Brandalizze Consulting sobre o Fechamento de Mercado da Soja
O mercado da soja fechou hoje perto da neutralidade, com vencimentos entre 0 a 0,25 ponto pra cima. A manhã tensa e a leve reação na parte da tarde foi uma repercussão com as novas notícias da crise comercial entre a China e os Estados Unidos. Enquanto isso, no relatório do USDA, a falta de novidades indica que o país norte-americano terá uma safra baixa, com projeção de produtividade de 98 milhões de sacas para a soja e 340 milhões de sacas para o milho.
Entenda:
>> China responde aos EUA e suspende compras de produtos agrícolas norte-americanos
>> USDA mantém inalterado em 54% índice de lavouras de soja em boas/excelentes condições
>> Movimento da China melhora condições de preço da soja do Brasil
Em entrevista para o jornalista Aleksander Horta, o consultor Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, disse que esses dois fatores farão com que a China busque mais soja no Brasil e outros países da América do Sul. Apesar da demanda do país asiático pela oleaginosa ter diminuído, a China ainda precisa comprar 20 milhões de toneladas até o fim do ano para manter os estoques.
Para Brandalizze, a crise comercial não tende a dar mais margem para os preços da soja caírem e que a tendência para os próximos dias é positivista. A valorização do dólar e mercados compradores fora do eixo EUA-China farão com que a commodity se mantenha em patamares de estabilidade, momento em que o Brasil levará vantagem, principalmente com a valorização dos prêmios.
Veja entrevista na íntegra no vídeo acima.