Soja: sem novas vendas para China, clima permitindo avanço do plantio nos EUA e concorrência com trigo, Chicago recua
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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Nesta terça-feira (16), o mercado da soja voltou a mostrar uma tendência negativa para os preços na Bolsa de Chicago (CBOT). O Notícias Agrícolas conversou com o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, para destacar as movimentações que influenciam este mercado.
Vanin lembra que a realidade dos Estados Unidos é de grandes estoques, de forma que a soja do Meio Oeste precisa sair de lá para que alguma movimentação seja possível. Hoje, isso só ocorreria via preços baixos, o que não é possível, ou via compras da China dentro de um acordo.
Assim, quando não há anúncio de novas vendas para os chineses, o mercado esfria. Vanin avalia que é preciso que o mercado continue recebendo informações altistas para se sustentar no nível atual.
Nesta semana, o relatório de embarques norte-americano, como não houve nenhum anúncio de compras por parte da China, deve vir bastante fraco. Isso vai pesando sobre os estoques. Além disso, a logística também não ajuda.
No Brasil, o câmbio é que faz diferença nas negociações. Hoje, Chicago colaborou para uma queda dos preços que não era aguardada. O dólar é quem pode fazer diferença nessa equação.