Independente ou integrado? Produtor de soja no Brasil precisa decidir de que lado ele quer ficar

Publicado em 28/02/2019 16:23
Produtor é o elo mais frágil da cadeia e está sujeito à pressão tanto do lado dos fornecedores de insumos quanto da parte compradora de seu produto
Eduardo Lima Porto - Diretor da LucrodoAgro

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Independente ou integrado? Produtor de soja no Brasil precisa decidir de que lado ele quer ficar

 

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Nesta quinta-feira (28), o Notícias Agrícolas conversou com o diretor da LucroDoAgro, Eduardo Lima Porto, a respeito do papel do produtor rural na cadeia do agronegócio brasileiro.

Porto administra o grupo no WhatsApp "Amigos da Soja", no qual foi levantada uma pauta discutida por ele com os outros participantes: afinal de contas, o produtor rural tem estabelecido uma independencia de sua gestão ou está se transformando em um integrado do sistema?

Essa provocação foi feita levando em conta o conceito de independência em relação à gestão financeira do seu próprio negócio. Ele ressalta que o produtor de grãos é um empresário, detém um patrimônio elevado e está sujeito ao preço dos insumos, determinado por uma cadeia e pelo mercado demandante.

Ou seja: nessa lógica, são essas outras relações que determinam o preço que o produtor vende o seu produto, de forma que um produtor que não está bem estruturado pode ser considerado um elo frágil na cadeia.

Acompanhe a entrevista completa com Porto no vídeo acima..

Texto complementar extraído do grupo Amigos da Soja:

Eduardo Lima Porto Novo: O aumento de produtividade traz um aspecto muito importante que é a diluição dos custos fixos por unidade de área (hectare). Quanto mais se extrai de rendimento por ha, em tese melhor será a relação o fator de cobertura ou Ponto de Equilíbrio Operacional
 
 É preciso levar em conta a estrutura de capital de giro necessária para se atingir essa condição e é aí que muitas vezes mora o perigo. Costumo dizer que os Produtores acabam sendo "presas fáceis" de determinados modismos e a relação custo-benefício da adoção de determinadas tecnologias, algumas vezes, não é bem verificada
 
 O que importa é a Geração de Caixa Operacional do negócio. É este indicador que determinará a capacidade do Produtor de assumir dívidas, a conveniência de seguir na atividade e também se os resultados são ou não compensadores diante de outras oportunidades de investimento menos arriscadas.
A sensibilidade do Ponto de Equilíbrio é afetada pelos preços, custos fixos (incluíndo o endividamento) e os custos variáveis.
 
Qualquer coisa diferente disso, é perder por insistência ou teimar por tradição
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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