Soja: Nova compra da China já estava nos preços e Chicago fecha a 4ª feira com leves altas
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Entrevista com Eduardo Vanin - Analista de Mercado da Agrinvest sobre o Fechamento de Mercado da Soja
Nesta quarta-feira (12), uma notícia de que a China estaria, de fato, voltando a comprar soja dos Estados Unidos, com um volume de 500 mil toneladas, avaliadas em US$180 milhões, agitou o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT).
Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest, destacou que há um total de até 5 milhões de toneladas que poderiam ser compradas pela SinoGrain, uma empresa estatal do país asiático, que, ao contrário das empresas privadas, não têm de pagar a taxa de 25% para a importação.
Assim, é possível observar uma atitude mais proativa e mais flexível para negociar tarifas com os Estados Unidos, o que é um passo importante dentro dos 90 dias de trégua. Retirar a tarifa por inteiro seria parte desse cronograma.
O grosso das compras chinesas advêm das empresas privadas que, no momento, encontram uma situação mais confortável para comprar soja brasileira, ainda mais com a queda dos prêmios por aqui.
Este período também coincidiu com um aumento do volume de soja prevista para essa safra no Brasil, o que também pressionou os prêmios. A China está pouco coberta na questão do abastecimento e sinaliza a necessidade de matéria-prima - entretanto, a questão da peste suína deve ser um fator de atenção para 2019.
O atual intervalo de preços na CBOT, que vai de US$9,20/bushel a US$9,60/bushel, deve depender do comportamento dos prêmios e das notícias do mercado para se mostrar uma tendência ou não.
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