Maior dificuldade para controlar a ferrugem na soja ainda são as regiões de fronteira, diz fitopatologista

Publicado em 06/11/2018 09:15
Em países como o Paraguai e a Bolívia, fungo causador da doença sobrevive o ano todo e ainda é favorecido pela segunda safra de soja que é permitida ser plantada. Desafio maior é conscientizar os produtores vizinhos para um controle mais severo. Representantes dos países estão em discussão para encontrar uma alternativa.
Solange Maria Bonaldo - Dra. em Fitopatologia da UFMT

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Controle da Ferrugem em Fronteiras - Solange Maria Bonaldo - Dra. em fitopatologista da UFMT

 

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Nesta terça-feira (06), o Notícias Agrícolas conversou com Solange Bonaldo, doutora em fitopatologia pela UFMT, para saber o que esperar em termos de ferrugem asiática para o estado do Mato Grosso, que já está praticamente com o plantio da safra de soja 2018/19 finalizado.

A safra começa seu desenvolvimento e as condições climáticas são favoráveis para o aparecimento da doença. O inócuo esteve presente em plantas guaxas no vazio sanitário, portanto, os produtores devem ficar atentos ao monitoramento para ver se encontram ou não a doença em suas lavouras.

Além do clima e da soja guaxa, outros fatores também favorecem esse surgimento, como a presença da doença em outras regiões do país. Nesta semana, foi relatado o primeiro caso em lavoura comercial no Paraná - e isso significa dizer que o inócuo já está presente na safra.

Para se proteger da ferrugem, os produtores devem conduzir um bom manejo da cultura, fazer uso de fungicidas multissísitios e respeitar os intervalos de aplicação, que geralmente são de 15 dias.

A região Sul do Mato Grosso sofre a maior incidência e a maior severidade da doença. A região Norte tem menos severidade, mas cada safra é diferente. Os produtores precisam ficar atentos ao momento em que estão vivendo e entrar com aplicações preventivas antes do estado reprodutivo.

Regiões próximas ao Paraguai também podem acabar encontrando ocorrências da doença. Neste sentido, é preciso haver um trabalho de conscientização para com os produtores do país vizinho, salientando a importância do vazio sanitário e os pontos negativos da safrinha de soja.

Acredita-se que a segunda quinzena de novembro seja o período mais favorável para o surgimento da ferrugem no estado, em função do clima. Além da doença, outros problemas como antracnose e mancha-alvo podem se fazer presentes.

A UFMT possui um projeto chamado Clínica Fitopatológica, no qual presta assistência gratuita aos produtores no quesito de diagnose de doenças.

Por: Carla Mendes e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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