Maior dificuldade para controlar a ferrugem na soja ainda são as regiões de fronteira, diz fitopatologista
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Controle da Ferrugem em Fronteiras - Solange Maria Bonaldo - Dra. em fitopatologista da UFMT
Nesta terça-feira (06), o Notícias Agrícolas conversou com Solange Bonaldo, doutora em fitopatologia pela UFMT, para saber o que esperar em termos de ferrugem asiática para o estado do Mato Grosso, que já está praticamente com o plantio da safra de soja 2018/19 finalizado.
A safra começa seu desenvolvimento e as condições climáticas são favoráveis para o aparecimento da doença. O inócuo esteve presente em plantas guaxas no vazio sanitário, portanto, os produtores devem ficar atentos ao monitoramento para ver se encontram ou não a doença em suas lavouras.
Além do clima e da soja guaxa, outros fatores também favorecem esse surgimento, como a presença da doença em outras regiões do país. Nesta semana, foi relatado o primeiro caso em lavoura comercial no Paraná - e isso significa dizer que o inócuo já está presente na safra.
Para se proteger da ferrugem, os produtores devem conduzir um bom manejo da cultura, fazer uso de fungicidas multissísitios e respeitar os intervalos de aplicação, que geralmente são de 15 dias.
A região Sul do Mato Grosso sofre a maior incidência e a maior severidade da doença. A região Norte tem menos severidade, mas cada safra é diferente. Os produtores precisam ficar atentos ao momento em que estão vivendo e entrar com aplicações preventivas antes do estado reprodutivo.
Regiões próximas ao Paraguai também podem acabar encontrando ocorrências da doença. Neste sentido, é preciso haver um trabalho de conscientização para com os produtores do país vizinho, salientando a importância do vazio sanitário e os pontos negativos da safrinha de soja.
Acredita-se que a segunda quinzena de novembro seja o período mais favorável para o surgimento da ferrugem no estado, em função do clima. Além da doença, outros problemas como antracnose e mancha-alvo podem se fazer presentes.
A UFMT possui um projeto chamado Clínica Fitopatológica, no qual presta assistência gratuita aos produtores no quesito de diagnose de doenças.