Ferrugem da soja pode chegar mais cedo nesta safra com condições de clima favoráveis ao desenvolvimento da doença

Publicado em 25/10/2018 11:15
Desafios seguem grandes para controlar a doença, entre eles, especialmente para o Paraná, estão a permissão do cultivo da segunda safra de soja em Santa Catarina e no Paraguai, a resistência dos fungicidas disponíveis, o descontrole das plantas guaxas e sua dificuldade de identificação nas plantas.
Nelson Harger - Gestor da Área de Produção Sustentável de Grãos - Emater/PR

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Entrevista com Nelson Harger - Gestor da Área de Produção Sustentável de Grãos - Emater/PR sobre a Ferrugem

 

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No estado do Paraná, os produtores rurais devem ficar atentos com as questões de sanidade das lavouras de soja. Isso porque, a ferrugem pode chegar mais cedo nesta temporada em função das condições climáticas favoráveis para o desenvolvimento da doença.

De acordo com o Gestor da Área de Produção Sustentável de Grãos - Emater/PR, Nelson Harger, as chuvas contínuas no estado estão atrapalhando o ritmo do plantio da soja. “Nós estamos com uma condição de tempo nublado, sendo que cultura apresenta um desenvolvimento inicial lento devido ao solo encharcado”, afirma.

Na região de Alvorada do Sul, o volume de precipitação está em torno de 279 mm durante o mês de outubro.  “Nós podemos chegar ao recorde do município que foi de 315 mm e os nossos solos argilosos já têm dificuldade de infiltração de água”, comenta.

Diante desse cenário, os produtores rurais podem enfrentar problemas com aparecimento de doenças e pragas nas lavouras de soja. “O agricultor deve ficar com um olho na lavoura e outro no clima, principalmente na região oeste que tem áreas com mais de 30 dias já cultivadas e que podem ter incidência de plantas daninhas”, conta.

O gestor ainda salienta que entre os desafios para controlar a doença é a questão de o agricultor respeitar o período recomendado do vazio sanitário. “Outro problema é que outros países, como o Paraguai, acabam não adotando o vazio sanitário e afeta as regiões que fazem fronteiras”, diz.

Outro cenário desfavorável é o plantio da soja na segunda safra que compromete o sistema produtivo do solo. “No estado do Paraná não é permitido o cultivo da oleaginosa na safrinha que é uma excelente estratégia, mas em Santa Catarina é permitido e o agricultor fica até chateado”, destaca.

Por: Carla Mendes e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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