Soja em Chicago tem sessão técnica com leves quedas, apesar de demanda firme pela soja americana e chuvas atrapalhando colheita

Publicado em 04/10/2018 17:45
Soja brasileira com 260 pontos de prêmio está mais cara que a americana com imposto de 25%. Mesmo assim, demanda chinesa segue firme
Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora

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Entrevista com Ginaldo de Sousa - Diretor da Labhoro Corretora sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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A quinta-feira (04) foi um dia de leves quedas para a cotação da soja na Bolsa de Chicago (CBOT). Foram quedas de dois a três pontos nos principais vencimentos, com o mercado tentando se segurar nos atuais patamares.

Ginaldo de Sousa, diretor da Labhoro Corretora, destaca que, além da oferta nos Estados Unidos, a demanda interna por soja norte-americana é boa. Contudo, Chicago vive um "drama sério": o plantio na América do Sul avança com "rapidez tremenda" e o clima no Meio Oeste, chuvoso, pode atrapalhar a colheita da soja dos norte-americanos, embora, até o momento, o avanço dessa colheita esteja indo bem.

As oscilações do dólar no Brasil também têm colaborado com as cotações, mas, por aqui, não há uma demanda mais consistente da China que possa dar sustentação constante dos preços.

O esmagamento norte-americano tem sido acima da média e o consumo interno de farelo é bom. Sousa lembra que, antes de novembro, a China nunca foi uma grande compradora de soja dos Estados Unidos. Hoje, a soja brasileira é muito mais cara do que se a China pagasse os 25% de impostos para o país de Trump. A falta de compras advindas deste destino seria mesmo por questões comerciais.

Sousa também aponta que a tendência é que o prêmio brasileiro tenha uma alta expressiva até dezembro, chegando até a 35% de custo sobre a soja norte-americana. Neste momento, o Brasil possui pouca soja e os produtores estão segurando a venda.

As eleições presidenciais no Brasil também devem ser determinantes para a movimentação do dólar nos próximos dias. O mercado mostra uma predileção por candidatos voltados para a direita, de forma que a moeda norte-americana tende a cair caso os resultados se expressem dessa forma.

A tabela de fretes também é uma questão pendente que pode atrapalhar a comercialização brasileira. Os produtores não estão forçando a venda, mas também porque os compradores não estão forçando a compra.

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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