Com chuvas adequadas, plantio da soja se desenvolve com ritmo intenso em Campos de Júlio/MT; lavouras se estabelecem bem

Publicado em 04/10/2018 10:35
Precipitações chegaram mais cedo, em bons volumes e distribuição nesta temporada e permitiram bom arranque inicial dos trabalhos de campo. Custos de produção, porém, ficaram mais altos na safra 2018/19 e preços da soja da nova safra já não são tão atrativo como há alguns meses.
Tiago Daniel Comiran - Produtor Rural de Campos de Júlio - MT

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Entrevista com Tiago Daniel Comiran - Produtor Rural de Campos de Júlio - MT - Acompanhamento de Safra da Soja

 

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No município de Campos de Júlio/MT, os produtores rurais conseguiram adiantar o plantio da soja da safra 2018/19 devido às chuvas adequadas que está contribuindo para o desenvolvimento das lavouras. No entanto, os custos de produção aumentaram cerca de 15% se comparado ao ano passado.  

De acordo com o produtor rural do município, Tiago Daniel Comiran, as chuvas se anteciparam e favoreceu o andamento do plantio da soja. “No dia 15 de setembro teve um bom volume de precipitação e a partir do dia 23 de setembro houve uma chuva generalizada na localidade”, afirma.

Nesta temporada, o ritmo de plantio no estado está mais acelerado se comparado com a safra passada. “Em setembro, choveu 120 milímetros a mais que a media de seis anos. Com esse grande volume de precipitações, muitos produtores decidiram realizar o cultivo mais cedo”, comenta.

Em relação ao desenvolvimento das lavouras, o produtor destaca que a cultura está se desenvolvendo muito bem já que não tiveram problemas com a falta de chuvas. “Com os dias são entre sol e chuvas as lavouras estão muito boas, apenas interfere na continuidade dos trabalhos de campo.   

Em contrapartida, os custos de produção aumentaram em função da valorização cambial e do tabelamento dos fretes. “Quem fez a aquisição dos adubos mais tarde ficou no prejuízo, mas no geral os custos de produção estão mais elevados em 12% a 15% em relação ao ano passado”, ressalta.  

Muitas indústrias estão cautelosas para fechar contratos futuros, pois ainda estão esperando um posicionamento da diretoria sobre os preços dos fretes. “Mercado tem, mas está travado com essa questão de compra futura e as empresas não sabem quais medidas tomar com os fretes”, diz Comiran.

Comercialização

Atualmente, as referências para a soja disponível estão ao redor de R$ 72,00 a R$ 73,00 a saca. Já no mercado futuro, a saca da oleaginosa está cotada a R$ 77,00 a R$ 78,00. O produtor destaca que as cotações da soja não acompanharam a valorização do dólar assim aconteceu com os custos de produção. “Os valores da soja disponível está onerando os agricultores, mas ainda não é um preço que todos esperavam”, pontua.

No caso do milho, os preços da safra 2017/18 estão ao redor de R$ 24,00 a R$ 25,00 a saca.  Já para temporada de 2018/19 chegou a ficar em torno de R$ 22,00 para o mês de agosto e hoje está próxima de R$ 19,00 a saca. “São valores que deixam o produtor estável e que ainda não sabem os custos de produção, sendo que ainda faltam insumos para serem adquiridos”, completa.

Por: Carla Mendes e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas

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