Recuo do dólar e perdas em Chicago fazem soja da safra nova no Brasil retrair R$ 4,00 a R$ 5,00 por saca. Disponível segue firme

Publicado em 03/10/2018 17:20
China já comprou do Brasil até setembro cerca de 55 milhões de toneladas e até o final do ano pode levar mais 5 milhões
Enilson Nogueira - Analista da Céleres Consultoria

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Entrevista com Enilson Nogueira - Analista da Céleres Consultoria sobre o Fechamento de Mercado da Soja

 

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Nesta quarta-feira (03), o mercado da soja tinha um bom início de sessão pela manhã. Entretanto, ao longo do dia, ocorreu um recuo e a Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou com perdas de 3 a 4 pontos nos principais vencimentos.

Enilson Nogueira, analista da Céleres Consultoria, destaca que o mercado trabalhou de forma confusa no dia de hoje. Isso se deve a uma dúvida a respeito do montante e da qualidade do grão da soja norte-americana, já que o cinturão de grãos tem recebido chuvas.

A qualidade que as traders esperam também está em risco. Isso causa euforia "tanto para cima, quanto para baixo", salienta o analista. Acredita-se ainda que as chuvas continuem no leste do cinturão agrícola, o que traz uma dificuldade de leitura para a situação no curto prazo.

A boa safra dos Estados Unidos e a guerra comercial com a China são fatores que já foram precificados. Assim, todo novo motivo teria capacidade para sustentar os preços.

A partir de agora, como ressalta Nogueira, o mercado começa a olhar para as faturas de demanda. A China ainda deve comprar alguma soja nos Estados Unidos. Mas é difícil falar de uma reversão a curto prazo.

No Brasil, um real mais valorizado desde o início da semana limitou as cotações do mercado futuro. O preço da soja trabalha por volta de R$88 a R$89 no porto de Paranaguá.

Até o momento, o país já vendeu 69 milhões de toneladas de soja. No ano passado, o mesmo período contava com uma venda de 61 milhões. Deste total, 55 milhões foram vendidas para a China.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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