Soja: Atentos ao clima, produtores escalonam o plantio da safra nova no Paraná

Publicado em 11/09/2018 11:57
Em Itambé (PR), produtor semeou 25% da área com a soja e trabalhos nos campos serão retomados depois do dia 13 de setembro, com a confirmação das chuvas. Saca da soja é cotada entre R$ 80,00 a R$ 81,00 na região. Logística segue no radar dos agricultores. No milho, áreas cultivadas fora da janela registraram perdas mais significativas na segunda safra.
Valdir Edemar Fries - Produtor Rural - Itambé-PR

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Entrevista com Valdir Edemar Fries - Produtor Rural - Itambé-PR sobre o Plantio da soja

 

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Os produtores rurais brasileiros já iniciaram a semeadura da nova safra de soja, da temporada 2018/19. No estado do Paraná, segundo maior produtor do grão no país, os agricultores já têm a liberação para a semeadura desde a última segunda-feira (10). E, diante da umidade suficiente no solo, muitas regiões iniciaram o cultivo da oleaginosa, de forma escalonada.

Em Itambé, o produtor rural, Valdir Fries, já semeou 25% da área projetada para essa temporada. "As boas chuvas registradas na segunda quinzena de agosto e no início de setembro e o aumento nas temperaturas essa semana nos deram segurança para o início dos trabalhos nos campos", explica o agricultor.

De acordo com informações da Climatempo, o clima no Centro-Sul do país ainda deverá se manter firme nos próximos dias devido à influência de uma massa de ar quente e seco. As previsões climáticas indicam algumas chuvas para o estado a partir do próximo dia 13 de setembro.

"Até mesmo por isso nós paralisamos a semeadura, que deverá ser retomada após as chuvas. O escalonamento do plantio nos dá mais segurança, uma vez que diminui os riscos", afirma Fries.

Custos de produção

Diante da recente escalada do dólar, os custos de produção têm sido uma preocupação dos produtores rurais. Por sua vez, a volatilidade cambial é um reflexo, especialmente, do cenário político brasileiro com a proximidade das eleições presidenciais.

"Ainda assim, no meu caso, as compras foram realizadas em fevereiro, com o dólar a R$ 3,15. Mas há uma apreensão muito grande com o comportamento do câmbio, pois podemos ter um congelamento da moeda no momento da colheita e da comercialização da soja, que é um cenário que gera incertezas", explica o produtor.

Além disso, o tabelamento dos fretes também encareceu o custos de produção aos agricultores nesta temporada. Inclusive, esse foi um dos fatores que tornou as negociações antecipadas com a soja mais lentas nesta safra. Alguns contratos foram realizados entre R$ 80,00 a R$ 81,00 a saca.

Milho safrinha

Na região, os produtores rurais finalizaram a colheita do milho safrinha e confirmaram a quebra na produtividade nesta safra. A quebra mais significativa foi observada nas lavouras cultivadas no mês de março, fora da janela ideal. Nessas áreas, a perda chega a 50% nos rendimentos. Nas primeiras áreas, o prejuízo ficou próximo de 20%.

Enquanto isso, os preços subiram e, atualmente, a saca é cotada ao redor de R$ 32,50 no estado. "O valor representa uma alta próxima de 30% a 35% em relação ao preço praticado no mesmo período do ano anterior, entre R$ 19,00 a R$ 21,00 a saca. O mercado acaba contribuindo na recuperação ao produtor e na garantia de renda mínima, mas o suficiente para se manter na atividade", pondera Fries.

Veja fotos do plantio na região de Itambé (PR):

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>> Conab: Brasil conclui a segunda maior safra de grãos com 228,3 milhões de toneladas

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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