Retração vendedora do produtor brasileiro e demanda forte pela soja americana ajudam a sustentar soja acima dos US$10,00/bushel

Publicado em 16/03/2017 17:10 e atualizado em 16/03/2017 17:44
Retração vendedora do produtor brasileiro e demanda forte pela soja americana ajudam a sustentar soja acima dos US$10,00/bushel em Chicago

Nesta quinta-feira (16), o mercado da soja teve um dia positivo na Bolsa de Chicago (CBOT), com pequenos ganhos por volta dos 3 pontos e o vencimento maio/17 voltando aos patamares dos US$10/bushel.

O analista de mercado Camilo Motter, da Granoeste Corretora de Cereais, diz que o mercado se encontra relativamente sustentado apesar da queda dos últimos dias. A perda total foi de 60 pontos, mas hoje os fundos entraram comprando. As altas não "refrescam", mas apontam expectativa de outras sessões de alta nos próximos pregões.

No Brasil, as formações de preço interno se complicam, principalmente por conta do câmbio pressionado. Ontem, quando o Banco Central Americano (FED) aumentou as taxas de juros do país em apenas 0,25%, quebrou-se uma expectativa do mercado e o dólar voltou para patamares próximos a R$3,11 no Brasil.

Em relação ao ano passado, por conta da combinação de Chicago e do dólar, os preços internos estão cerca de R$10 mais baixos. O produtor brasileiro também se mostra mais ausente do mercado - foram 45% do total da safra comercializados até então, contra 60% do ano passado. Com isso, os compradores internacionais miram nos Estados Unidos, mais competitivos, com 53,5 milhões de toneladas vendidas, quase alcançando a meta de 55 milhões de toneladas.

No entanto, o Brasil deve bater recordes de embarques nos primeiros meses do ano. De maio para frente, talvez haja alguma redução se o ritmo de vendas permanecer baixo. Porém, há uma expectativa de rallys climáticos a partir do dia 20 de abril, com o início da nova safra americana.

Para Motter, apenas o clima poderá colocar as cotações do mercado da soja em níveis mais remuneradores, abrindo "excelentes oportunidades para negociações". Na formação cambial, pode-se encontrar uma maior força com a instabilidade política no Brasil, o que desvalorizaria o real.

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Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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