Com chuvas frequentes, colheita da soja já registra atraso de 10% em São João (PR)
A colheita da soja na região de São João (PR) já registra um atraso de 10% devido às chuvas constantes. Até o momento, em torno de 8% a 10% da área plantada nesta temporada foi colhida. Desde o início do mês, a localidade acumula mais de 200 mm de precipitações. As previsões climáticas indicam uma redução das chuvas na segunda quinzena de fevereiro.
“Essa é uma preocupação muito grande, mas ainda não temos problemas em relação à soja ardida. E quando tivermos um período de tempo firme, os produtores irão tentar acelerar esse trabalho no campo”, destaca o presidente do Sindicato Rural do município, Arceny Bocalon.
Em relação à produtividade, a liderança ainda reforça que muitos produtores registram um rendimento de até 80 sacas de soja por hectare. Porém, a média para essa temporada deve ficar entre 65 a 70 sacas do grão por hectare.
Ainda na região, algumas lavouras foram atingidas na semana anterior por uma forte queda de granizo. Com isso, muitos produtores registraram um prejuízo de 100% nas plantações.
Preços
No mesmo período do ano anterior, a saca da soja era cotada a R$ 75,00 na localidade. Atualmente, a saca é negociada a R$ 66,00. “Então mesmo que nós tenhamos uma perspectiva mais alta de produtividade, iremos precisar de 10 a 15 sacas por alqueire para garantir a mesma rentabilidade do ciclo passado”, explica Bocalon.
Milho Verão
Assim como na soja, os produtores enfrentam dificuldades para tirar o produto do campo. A colheita já tem atraso de 15 a 20 dias, já o rendimento médio das áreas gira em torno de 180 a 200 sacas por hectare. No caso do cereal, outra preocupação é decorrente do recuo nos preços. A cotação que já chegou a R$ 35,00 caiu e, no momento atual, o valor está em R$ 26,00 a saca.
Safrinha
Cerca de 70% da área será plantada com o milho na segunda safra. O restante, de 30%, será ocupada com a cultura do feijão. “A nossa preocupação é com a janela ideal de plantio das duas culturas. Mas de qualquer forma, os produtores farão o investimento, mesmo sem a cobertura do seguro”, finaliza o presidente do sindicato.