Prêmios para a soja no Brasil melhoram nos últimos dias, mas produtor ainda aguarda novos preços para realizar vendas
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Soja americana está mais competitiva que a brasileira, mas produtores esperam para efetivar novos negócios...
Nesta segunda-feira (13), após trabalhar em volatilidade ao longo de todo o dia, os preços da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o dia negativos, porém, sem apontar uma tendência de baixa.
De acordo com Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o dia de hoje foi "bastante técnico", liquidando ganhos da semana passada. Um ritmo acelerado das exportações americanas, com 75% dos embarques previstos efetuados, também traz ânimo para o mercado. No fechamento, muitos investidores voltaram a liquidar e fazer lucros, o que levou o mercado às quedas de 3 a 5 pontos.
Na América do Sul, a safra brasileira vai bem, apesar de algumas inundações em pontos localizados neste final de semana. Na Argentina, ainda há dúvidas sobre os números totais da safra, mas as pesquisas de campo indicam uma boa quantidade no volume total. Logo, mesmo com demanda aquecida, a oferta mantém condições de abastecê-la, o que faz com que Chicago não rompa seus patamares.
O mercado, por sua vez, se apresenta carente de novas informações que possam mudar o rumo das posições e buscar um patamar maior. Os produtores americanos, no entanto, só devem voltar a vender nos patamares de US$11/bushel.
No Brasil, o câmbio faz com que os produtores fiquem afastados dos negócios. Os movimentos nos portos são compostos por, basicamente, entregas. A soja americana, no momento, é mais competitiva, com prêmios brasileiros em alta, mas segundo Brandalizze, esse movimento deve se equalizar nas próximas semanas com pressões sobre os prêmios americanos ou em Chicago.
O Banco Central também aponta uma estimativa de que o câmbio deve subir de 10% a 12% até o fim do ano - assim, muitos produtores podem preferir aguardar esses patamares.