Em Rio Verde (GO), chuvas permanecem irregulares e produtores realizam replantio da soja em algumas áreas
Apesar das chuvas irregulares, o plantio da soja entra na reta final da região de Rio Verde (GO). A primeira chuva ocorrida em outubro foi mais expressiva e abrangente e permitiu o início dos trabalhos nos campos. Contudo, as precipitações continuam isoladas e já há casos de replantio em algumas áreas pontuais.
Além disso, o diretor do Sindicato Rural do município, José Roberto Brucceli, reforça que, o clima mais seco também contribuiu para o aparecimento das lagartas elasmo e helicoverpa nas lavouras. “Porém, ainda são problemas controlados. Nesse momento, as plantações aguardam chuvas, próximas de 40 mm, para se desenvolverem. Mas em comparação com os últimos três anos esse é o melhor começo de safra”, pondera.
E, segundo as previsões climáticas, as chuvas deverão ser mais regulares para a região nos próximos meses. É importante ressaltar que, em algumas localidades, os trabalhos nos campos estão mais lentos ainda diante da falta de chuvas.
Paralelamente, os custos de produção estão mais altos nesta temporada, entre 10% a 20%. “E tivemos uma dificuldade muito grande em acessar o crédito nesta safra. Os recursos foram restritos, o que acabou atrasando o plantio em algumas propriedades”, diz Brucceli.
No caso da comercialização, a liderança ainda afirma que, apenas 10% da safra da região foi negociada antecipadamente. “O produtor já perdeu o timing da negociação. Os preços chegaram a R$ 80,00 a saca e, atualmente, o valor está próximo de R$ 65,00. Em dólar, o valor é de US$ 21,00 por saca, o que daria aproximadamente R$ 63,00 a saca, valor que não cobre os custos de produção”, explica.
Insegurança no campo
Os produtores da região ainda estão preocupados com o crescente número de assaltos na região. Na semana anterior, uma fazenda de Cristalina registrou um prejuízo de mais de R$ 4,5 milhões. “Estão levando os produtos agrícolas, pecuária, carregando o gado, os tratores, os adubos e os insumos agrícolas. Estamos orientando que os agricultores levem para as propriedades apenas os produtores que serão utilizados no dia. E realizar compras com empresas que entregam o produto fracionado”, orienta Brucceli.