Produtores esperam chuvas para iniciar o plantio da soja em Cândido Mota (SP)

Publicado em 13/10/2016 10:47
Em comparação com o mesmo período do ano passado, trabalhos nos campos já registram atraso. Produtores estão com receio do replantio devido à baixa disponibilidade de sementes. Custos de produção estão próximos de 63 a 65 scs do grão por alqueire. Negócios antecipados foram realizados com preços entre R$ 68 até R$ 82 a saca.

Na região de Cândido Mota (SP), os produtores rurais ainda aguardam as chuvas para o início do plantio da soja da temporada 2016/17. Depois de 40 dias de tempo firme, as previsões climáticas indicam algumas precipitações para esta quinta-feira e sexta-feira, com volume acumulado entre 20 mm e 30 mm na localidade. Ainda assim, após o período mais seco, a orientação é que os agricultores esperem um volume próximo de 60 mm para o cultivo do grão.

O presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Jabur, reforça que, em comparação com o mesmo período do ano anterior, os trabalhos nos campos já registram um atraso. “Em igual período de 2015, já tínhamos entre 400 a 500 hectares cultivados na nossa região. Porém, os produtores estão receosos esse ano devido à baixa disponibilidade das sementes”, completa.

Além disso, os custos de produção estão mais altos nesta safra. Grande parte dos produtores adquiriu os adubos e alguns inseticidas e fungicidas com o dólar a R$ 3,90. Atualmente, a moeda norte-americana é cotada entre R$ 3,25 a R$ 3,30.  “Perdemos nessa oscilação, então temos custos entre 63 a 65 sacas do grão por alqueire. E, em média, produzimos de 52 a 58 sacas de soja por hectare, o que deixa a conta bem ajustada”, diz a liderança.

Comercialização

Apesar das incertezas, os produtores rurais da região realizaram alguns negócios antecipados para essa safra. Os negócios ocorreram entre R$ 68,00 até R$ 82,00 a saca da oleaginosa.

Milho verão

As plantações do cereal também sentiram o clima mais seco nos últimos dias. “Se chover entre hoje e amanhã poderemos salvar alguma coisa, mas o cenário é preocupante. Contudo, tivemos parte das lavouras semeadas embaixo de pivô e na nossa região, a área com milho deve estar próxima de 200 hectares”, pondera Jabur. 

Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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