Com falta de chuvas, produtividade média da soja recua para 35 scs/ha em Correntina (BA)
O baixo volume de chuvas no oeste baiano, nesta temporada, prejudicou o rendimento da soja. Em Correntina (BA) a produtividade média não deve ultrapassar as 35 sacas por hectare.
Na propriedade do produtor rural, Ricardo Vieira, a média acima de 50 sacas por hectare foi graças algumas chuvas pontuais e áreas irrigadas que amenizaram os prejuízos.
Mas, esse cenário não é realidade para a maioria dos agricultores baianos que devem amargar prejuízos com a soja neste ano.
Vieira conta que "muitos deles possuem seguro, porém atinge uma porcentagem pequena da produção. A cobertura é de 30% da área na média da região", ressalta.
Paralelamente, os agricultores também contabilizam suas produções para a entrega dos contratos. "É normal o pessoal fazer entre 50% a 70% da comercialização antecipada sobre a expectativa de safra e, mesmo com a quebra acreditamos que será possível cumprir os contratos", explica Vieira.
Em contrapartida, a menor produção nesta temporada e um volume expressivo já comercializado antecipadamente deixará a região com baixa disponibilidade da oleaginosa.
Milho
Com a colheita em andamento, os produtores já começam a perceber que a produtividade no milho também foi afetada pela falta de chuvas. De acordo com Vieira a região costuma semear o cereal entre os meses de outubro e novembro, mas o atraso nas precipitações retardou a semeadura.
Segundo ele, a média deve finalizar em 100 sacas por hectare, "ainda positiva considerando todos os problemas climáticos". A expectativa inicial era de colher 150 scs/ha.
Um fator positivo neste ano são os preços do cereal, que poderão compensar as perdas na produtividade. Em pleno período de safra, a saca de 60 kg está cotada a R$ 40,00 a R$ 45,00/sc.
"Somente nas últimas semanas os preços subiram cerca de R$ 5,00 devido a oferta bastante restrita", conta Vieira ressaltando que poderá haver um investimento maior na cultura na próxima safra.
Algodão
A colheita do algodão também já começou na região e as perspectivas são de quebra pela adversidade do clima. Chuvas esperadas para abril não se concretizaram, prejudicando o desenvolvimento da cultura.