Safra de soja registra quebra de 50% em Darcinópolis (TO) devido ao clima irregular

Publicado em 29/04/2016 10:47
Produtividade média gira entre 25 sacas a 30 sacas do grão por hectare, contra uma expectativa de 50 sacas por hectare. Agricultores seguem preocupados com os contratos feitos anteriormente, uma vez que não há nenhuma definição sobre o impasse. No milho, perda também deve ser alta, já que as plantações também foram afetadas pelo clima adverso.

Em Darcinópolis (TO), os produtores rurais finalizam a colheita da soja e a perspectiva é de uma quebra próxima de 50% nesta safra. O cenário é decorrente do clima adverso registrado na localidade desde o início da semeadura do grão. Nos últimos meses, a falta de chuvas e as temperaturas agravam a condição das plantações.

“Não queremos lembrar dessa safra nunca mais, foi péssima para os agricultores. A produtividade média das áreas lavouras gira em torno de 25 sacas a 30 sacas do grão por hectare, contra uma média de 50 sacas por hectare nas safras anteriores”, explica o produtor rural da região, Marcílio Marangoni.

Em algumas propriedades a situação é ainda mais preocupante, já que o rendimento das plantações está próximo de 8 sacas da oleaginosa por hectare. Apesar do clima extremo, o produtor ainda pondera que, a sanidade das plantações pode ser considerada boa. O ataque de pragas e doenças não foi menor nesta safra.

E o grande prejuízo dessa temporada ficará aos produtores, já que grande parte não tem seguro das áreas. “Os negócios são feitos diretamente com as traders e não tem seguro. A grande maioria está torcendo para que as empresas se conscientizem da situação e dê a possibilidade de parcelamento ou apresente algum mecanismo de negociação aos agricultores”, completa Marangoni.

A mesma posição é esperada para os contratos que foram feitos anteriormente. “A princípio as empresas são conscientes. A orientação é para realizar laudos das áreas afetadas. Porém, não sabemos como será essa negociação, como irão conduzir e o planejamento da próxima safra depende muito de como irão ficar os acordos”, alerta o agricultor.

Milho safrinha

No caso da safrinha, a redução da área plantada foi significativa na região devido ao estreitamento da janela ideal. Inclusive, muitos produtores devolveram os insumos e sementes comprados para a safra de inverno.

“Quem conseguiu acabou investimento, no entanto, as lavouras, que nesse instante estão em fase de enchimento de grãos, também sofreram com o clima adverso. E a perspectiva é de quebra severa na produção”, diz o agricultor.

Na região, alguns negócios foram fechados antecipadamente, com valores entre R$ 32,00 a R$ 35,00 a saca. No caso do mercado disponível, os preços estão próximos de R$ 54,00 a saca. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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