Com tempo seco, perdas na soja superam os 70% na região de Balsas (MA)
Consequência do clima seco e quente, a safra 2015/16 de soja na região de Balsa (MA) apresenta perda que superam os 70%. Na reta final da colheita, os rendimentos entre 15 a 20 sacas por hectare ficam bastante abaixo da média da região que é de 55 sacas por hectare.
Nem mesmo a soja tardia, cultivada em janeiro, que havia uma perspectiva de melhor rendimento, conseguiu expressar o potencial produtivo. Durante todo o ciclo as chuvas foram mal distribuídas e as temperaturas excessivas impediram o desenvolvimento das lavouras.
As plantas acabaram ficando pequenas e registrando um alto índice de abortamento das vagens. Segundo o produtor rural, Valério Mattel, em algumas regiões foi possível observar lavouras com tonalidade escura consequência do "adiantamento do ciclo por conta da seca e, também a mosca branca, que mesmo com todas as aplicações, a pressão neste ano foi grande", destaca.
Diante desses problemas, Mattel relata caso de produtores que sequer colheram por falta de rendimento. O seguro, que deveria amenizar essa situação, já foi acionado, mas os sojicultores ainda não receberam o retorno após as vistorias.
Outra preocupação é quanto ao cumprimento dos contratos antecipados. Nesta temporada, o dólar alto, elevou a participação das vendas pré-safra. "Os produtores até estão negociando com as traders, mas na maioria dos casos há multas, a verdade é que a conta sempre sobra para o produtor rural, ninguém vai perdoar", declara Mattei.
Milho Verão
O clima adverso desde o início do ciclo retardou o plantio da soja. Em janeiro, muitos produtores optaram por não cultivar a oleaginosa e investiram no milho.
Segundo Mattei, as lavouras do cereal cultivadas em janeiro acabaram pegando a estiagem de fevereiro e, também tiveram dificuldade de desenvolvimento, ficando plantas pequenas.
"A quebra também é grande nas lavouras que foram migradas de soja para milho", pondera o produtor.
Confira abaixo algumas fotos: