Produtores iniciam a colheita da soja em Laguna Carapã (MS) e perspectiva é de redução na produtividade

Publicado em 20/01/2016 10:14
Diante do excesso de chuvas e a da falta de luminosidade, perdas no rendimento das plantações podem ultrapassar os 20%. Muitas áreas ainda estão alagadas e há água brotando no meio de algumas lavouras. Clima também contribuiu para o surgimento das doenças, especialmente a antracnose. Produtores estão preocupados com o transporte do grão, já que muitas estradas foram danificadas pelas chuvas.

Em Laguna Carapã (MS), os produtores rurais iniciaram a colheita da soja e já é possível ver os reflexos do clima adverso. Por enquanto, a projeção é de uma quebra ao redor de 20% na produtividade das plantações, porém, o percentual pode ficar acima do estimado. Diante do excesso de chuvas, muitas áreas ainda seguem alagadas na localidade.

Com isso, o técnico agrícola da região, Antônio Rodrigues Neto, destaca que a produtividade média das lavouras pode cair para 40 sacas do grão por hectare nesta temporada. Na safra anterior, o rendimento ficou próximo de 50 sacas de soja por hectare. “Tivemos muitas lavouras que abortaram as vagens. Esse é número inicial, precisaremos acompanhar o comportamento do clima de agora em diante”, completa.

Nesse instante, o sol retornou ao município e os produtores aproveitam para dessecar as áreas para a colheita. Além disso, o aparecimento das doenças foi outra grande preocupação dos agricultores. Com o clima propício, os produtores tiveram dificuldades em controlar, especialmente a antracnose nas plantações.

“O excesso de umidade atrapalhou as aplicações nas lavouras. Muitas vezes, as aplicações eram feitas com os aviões, porém, chovia e boa parte do produto ia embora, reduzindo a eficiência. E a antracnose acaba ocasionando uma redução no tamanho e peso dos grãos”, relata Rodrigues.

Estradas

As chuvas também comprometeram as estradas da região e rodovias de acesso entre outras cidades, como Caarapó e Amambai. Frente a esse cenário, os produtores seguem apreensivos em relação ao transporte do grão e muitos já adquiriram silo bolsa para a estocagem da oleaginosa.

“Mas não dá para manter o grão por muito tempo no silo, isso devido à umidade. É uma alternativa provisória aos produtores”, orienta o técnico agrícola.

Safrinha de milho

Como muitas áreas ainda estão alagadas, a perspectiva inicial é que haja uma redução na área destinada ao milho. Paralelamente, os trabalhos nos campos seguem mais lentamente. “Há pouco milho plantado até o momento e a nossa janela ideal vai de 15 de janeiro até próximo de 5 de março. Mas acredito que iremos plantar até abril esse ano, é uma situação que preocupa, pois podemos ter uma geada em junho e afetar a produção”, finaliza o técnico agrícola.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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