Em Santa Helena (GO), produtores esperam chuvas para iniciar o plantio da soja
Em meio à ausência de chuvas, os produtores rurais de Santa Helena de Goiás (GO) ainda não iniciaram o plantio da soja da safra 2015/16. A última precipitação ocorreu no final de setembro, com baixo volume acumulado. Por enquanto, as previsões climáticas indicam chuvas para a região a partir da próxima semana. Caso as projeções se confirmem, os agricultores poderão começar os trabalhos nos campos.
A produtora rural da região, Elizângela Garcia Barbosa dos Santos, ressalta que as temperaturas também permanecem elevadas, nos últimos dias, os termômetros marcaram 45º C. “Ainda estamos dentro da janela ideal da soja, mas quanto mais atrasarmos a semeadura teremos um comprometimento da janela da safrinha de milho. O que começa a deixar os produtores preocupados, os custos estão elevados e não podemos arriscar, se não teremos prejuízos altos”, completa.
Além disso, muitas sementeiras da região já não têm mais o produto disponível. “Temos que tomar cuidado com o plantio, pois podemos ter dificuldades em encontrar as sementes para fazer o replantio, caso seja necessário. Em Montividiu (GO), muitos produtores que plantaram já começam a perder soja por conta do clima”, explica Elizângela.
É preciso ressaltar que no ano passado, a região também enfrentou problemas com o clima. Devido à falta de chuvas entre final de dezembro e janeiro/15, muitos produtores tiveram perdas expressivas com a cultura.
Em relação à comercialização, a produtora ainda sinaliza que muitos agricultores realizaram contratos antecipados na região, com valores entre R$ 60,00 a R$ 62,00 a saca do grão. “Grande parte da safra já foi vendida, o que resulta em uma preocupação a mais, pois se tivermos uma safra frustrada, teremos prejuízos”, diz.
Paralelamente, os agricultores de Santa Helena de Goiás têm realizado o seguro das lavouras, que, em sua maioria, pode ser feito de produtividade e também do retorno financeiro. “Os produtores que estão com a documentação certa e plantaram dentro do zoneamento conseguem ter um respaldo, o que ameniza bastante os prejuízos e não ficamos com a dívida com a instituição financeira”, afirma.