Em Santa Catarina, plantio da soja chega a 15% e produtores seguem atentos ao clima

Publicado em 06/10/2015 10:21
Em Santa Catarina, plantio da soja chega a 15% e agricultores seguem atentos ao clima. No milho, percentual cultivado está próximo de 50%, mas redução na área plantada é de 25%. Cerca de 40% da produção da oleaginosa já foi comercializada antecipadamente, com valores entre R$ 65 a R$ 70/sc. Recuo na área do cereal já preocupa os produtores de suínos e aves.

O plantio da soja já alcançou 15% da área projetada para essa temporada em Santa Catarina. No caso do milho, a semeadura já está completa em 50% da área, porém, para essa safra a projeção é de um recuo de 25% na área destinada ao cereal. E, por enquanto, o clima permanece úmido devido à influência do El Niño. Para o final de semana, as previsões já indicam novas precipitações para o estado.

Segundo ressalta o presidente do Sindicato Rural de Xanxerê, Enori Barbieri, o cenário já preocupa os produtores, uma vez que a previsão é de que as chuvas fiquem acima da média. “Sabemos que se as precipitações forem excessivas poderemos ter um reflexo no rendimento das lavouras de soja. Além disso, a partir do final do mês estaremos colhendo o trigo, o que também pode atrapalhar os trabalhos nos campos”, ressalta.

Outra situação que também pode impactar o rendimento das lavouras da oleaginosa é a redução na utilização de fertilizantes. Isso já na tentativa dos produtores rurais em equilibrar as contas, já que os produtos subiram, acompanhando a valorização cambial.

Por outro lado, cerca de 30% a 40% da produção de soja catarinense já foi comercializada antecipadamente. “O dólar também impactou os valores e temos negócios entre R$ 65,00 a R$ 70,00 a saca. O agricultor procurou se garantir para não ter surpresas mais adiante”, explica Barbieri.

Milho

A redução na área plantada com o milho no estado já preocupa os suinocultores e avicultores. “SC é um grande importador do cereal e teremos que aumentar as nossas importações. O problema é que o país tem embarcado muito milho nos portos catarinenses e nesta temporada poderemos ultrapassar os 30 milhões de toneladas. Isso vai nos deixar em uma situação vulnerável no próximo ano, pois iremos depender da safrinha do Centro-Oeste. Tínhamos o grão sobrando e em 2016 iremos depender muito da 2ª safra”, finaliza o presidente.

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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