Em Itambé (PR), produtores iniciam plantio da soja da safra de verão
Na região de Itambé (PR), os produtores rurais já iniciaram o plantio da soja da safra 2015/16. As chuvas recentes contribuíram para a umidade no solo e, consequentemente para o começo dos trabalhos nos campos. É preciso ressaltar que o vazio sanitário da oleaginosa terminou no último dia 15 de setembro.
Há três anos, o produtor rural da região, Valdir Fries, tem feito o cultivo da soja logo após o encerramento do vazio. “Com isso, temos conseguido produtividade excelente e plantamos o milho mais cedo. E podemos nos livrar de uma possível geada no cereal. A expectativa é que até o final do mês cerca de 50% da área já tenha sido semeada com a soja”, afirma.
E, por enquanto, a previsão indica um tempo mais seco nos próximos dias, o que deverá contribuir para a evolução dos trabalhos de plantio. Já a partir de outubro e também novembro, a localidade deverá receber mais chuvas, o que ainda na visão do produtor, é benéfico ao desenvolvimento da cultura.
Em relação aos custos, Fries ressalta que, os produtores que adquiriram os insumos com dólar a R$ 2,60, gastaram, em média, entre R$ 1.400 a R$ 1.500 por hectare. Os valores estão em torno de 18% mais altos do que o registrado na safra passada. Cenário decorrente da recente valorização da moeda norte-americana.
Entretanto, o câmbio, apesar de ter impactado nos custos, também tem sustentado o valor da soja. Na região, a saca do grão é cotada a R$ 69,00, “então temos uma coisa compensando a outra. E na hora de vendermos conseguimos recuperar um pouco do aumento nas despesas de custeio”, destaca o produtor rural.
Porém, o produtor ainda destaca que as cargas tributárias são as que mais subiram e pesam no bolso dos agricultores. “O problema é que com a situação econômica do país, eles buscam recursos no aumento das taxas tributárias. Em torno de 3,3% da receita do médio produtor vai para o Funrural, temos em setembro a atualização do ITR (Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural). Somando tudo, o agricultor gasta, em média, entre R$ 35 mil a R$ 36 mil por anos em tributos”, explica Fries.
Diante desse cenário, o produtor ainda sinaliza que é preciso unir a base sindical e cobrar dos parlamentares uma solução para o problema e, consequentemente, amenizar os custos aos agricultores.