Consultor viaja pela América Latina e fala sobre perspectivas para produção agrícola e introdução da soja em alguns países

Publicado em 04/09/2015 13:21
Consultor viaja pela América Latina e fala sobre perspectivas para produção agrícola e introdução da soja em alguns países

As condições climáticas na América Latina estão apresentando grandes irregularidades. Em alguns países há o excesso de chuvas enquanto em outros a seca já dura meses.

De acordo com o consultor do Mundo Agri Consultoria Agronômica e Pesquisa, Emerson Morais, que tem realizado tour pela Latina America, a alegação dos climatologistas é a presença do El Niño, que pode ser um dos mais fortes dos últimos cinquenta anos.

Essas condições adversas prejudica o desenvolvimento da agricultura nesses países. "Em todos os locais visitados os produtores estão cientes que terão que reduzir área para a próxima safra em torno de 30 a 50%", declara o consultor.

Morais faz parte de um projeto latino americano para incentivar a rotação de cultura no arroz por meio da soja. O programa é coordenado pelo CIAT (International Center for Tropical Agriculture) e FLAR (Fundo Latino-americano para Arroz de Riego).

"O plantio de soja em áreas de arroz, é uma alternativa para o controle de arroz vermelho e plantas daninhas e pragas", explica Morais. Atualmente os países da América Latina realizam duas safras anualmente, e o objetivo do projeto é reduzir a produção do grão para uma safra e introduzir a soja.

Com isso esses países devem ter a sua produção reduzida favorecendo a importação do grão brasileiro. Segundo ele, a diversidade de produção e comercialização nos 10 países produtores é muito grande. No Panamá, por exemplo, o governo oferece o pacote tecnológico para o cultivo e a comercialização é livre, já no caso da Venezuela "é como se os produtores trabalhassem para o governo", pois o Estado domina toda a parte de comercialização dos grãos.

Na questão de tecnologias Morais afirma que a maioria dos países estão muito atrasados no desenvolvimento de novas cultivares, controle de doenças e maquinários. "O que há de tecnologia nesses países veem do Brasil através do FLAR ou CIAT", explica.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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