Em Boa Vista (RR), produtores iniciam a colheita da soja precoce e produtividade é positiva

Publicado em 28/08/2015 10:48
Produtores iniciam a colheita da soja precoce na região de Boa Vista (RR). Produtividade surpreende e está entre 55 sacas a 58 sacas por hectare. Chuvas foram favoráveis ao longo do desenvolvimento da cultura na localidade. Saca da oleaginosa é negociada a R$ 70,00 e custos de produção estão elevados. Abertura oficial da colheita do grão acontece entre os dias 11 a 12 de setembro.

 


Em Boa Vista (RR), os produtores iniciaram a colheita da soja de variedade precoce e a expectativa é positiva se comparado ao ano de 2014. Um dos fatores assertivos que contribuiu para o aumento da produtividade - que poderá ter uma média de 55 a 58 sacas por hectare, podendo passar de 60 sacas em algumas localidades - é o crescimento das áreas na região.
 
Segundo o engenheiro agrônomo, Alcione Nicoletti, o produtor segue acelerando e intensificando os projetos de plantio e maquinaria. A qualidade das propriedades tem aumentado e novas tecnologias estão sendo implantadas.
 
“Para a nossa surpresa, tivemos uma parceria com a EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e em troca recebemos materiais e testes em nossas lavouras. Há dois anos iniciaram uma pesquisa e o efeito positivo, surtiu efeito nesta colheita”. 
 
Ainda segundo Nicoletti, o clima também seguiu favorável nas lavouras. “Tivemos chuvas rápidas, seguidas pela abertura do sol que é interessante para essa cultura na questão da sanidade do grão. Além disso, não tivemos condições para o surgimento da ferrugem asiática”, conta.
 
Diante desse cenário, a comercialização da soja, segundo o engenheiro, será positiva. Os preços giram em torno dos R$ 70,00 a saca, mas com a valorização cambial, os números são mais animadores.
 
“Aqui na região, o produtor de soja vai exportar e do jeito que está subindo o dólar, teremos um acréscimo nos preços em reais com os custos nas aberturas de áreas – apesar de serem poucas – o combustível, mão de obra e câmbio elevado, facilitam o pagamento e, principalmente com relação ao frete. Dolarizamos nossa lavoura com o real baixo e com os custos do frete em dólar, o preço fica mais atrativo”, explica.
 
Do mesmo modo, os prêmios também são positivos e contribuem na hora da comercialização. “Esperamos que essas notícias dos mercados financeiros mundiais, tranquilizem daqui para frente e os preços das commodities voltem a subir”, desabafa Nicoletti.
 
Em contrapartida, os preços em reais, segundo ele, ainda não são tão atrativos devido aos altos custos nas fronteiras para quem produz soja. No entanto, para quem não quiser fazer a comercialização da soja, existem os meios de armazenagens modernas, como silo bolsas, para os produtores.
 
“Uma das características importantes dos locais de produção aqui da região, é a qualidade do grão que é muito alta por conta do clima favorável. Com isso, a oleaginosa tem condições de aguentar mais tempo. Temos armazéns com capacidade de até 30 mil toneladas para quem quiser estocar mercadoria”, finaliza.


 

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Por: Nandra Bites e Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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