Na região de Cruz Alta (RS), produtores finalizam colheita da soja e grande preocupação foi com a ferrugem asiática

Publicado em 27/04/2015 11:12
Na região de Cruz Alta (RS), produtores finalizam colheita da soja e grande preocupação foi com a ferrugem asiática. Média de produtividade deve ficar em 50 sacas do grão por hectare. Cotações recuaram nos últimos dias e a saca é cotada a R$ 63,00 na região. Custos para a próxima safra estão em torno de 10% mais altos. No trigo, redução na área cultivada deve ser menor do que o esperado. Preços estão ao redor de R$ 33,00 a R$ 34,00/sc.

Os produtores rurais estão finalizando a colheita da soja na região de Cruz Alta (RS). E a expectativa é que a produtividade média das lavouras fique ao redor de 50 sacas por hectare. Isso porque, ao longo do mês de março, algumas plantações ficaram até 24 dias sem chuvas, fator que acabou pesando no rendimento das plantas.

Além disso, o presidente do sindicato rural do município, Airton Carlos Becker, destaca que a maior incidência da ferrugem asiática também impactou a produtividade. “Tivemos produtores que colheram cerca de 30 sacas do grão por hectare, em decorrência do aparecimento da doença nas plantas. Por outro, em outras regiões, o rendimento chegou a 70 sacas por hectare”, diz.

Consequentemente, o surgimento da ferrugem asiática aumentou os custos de produção. Os produtores tiveram que realizar até três aplicações de fungicidas nas lavouras e o intervalo médio de uma e outra aplicação reduziu para 15 dias. “Os produtos utilizados nas lavouras não apresentam a mesma eficiência, como o observado nas safras passadas. Muitos agricultores não conseguiram fazer o controle da doença”, afirma o presidente.

Enquanto isso, as cotações recuaram de R$ 67,00 a R$ 69,00, para R$ 63,00 na localidade, influência da recente queda registrada no câmbio. “Os produtores estão apreensivos e não sabem o que fazer. Os custos de produção para a próxima safra já estão mais altos e com a queda do dólar, as cotações caíram. Com isso, as vendas estão mais lentas. Os agricultores devem estar atentos às informações do mercado para negociar”, orienta Becker.

Trigo

No caso do trigo, a expectativa é redução na área. “Não deveremos ter uma queda tão expressiva na área semeada, isso porque os produtores precisam da renda de inverno. Mas temos os custos elevados, principalmente com os defensivos para a próxima safra. Isso desestimula o produtor, ainda, pois não temos uma garantia de preços”, relata o presidente.

Até o momento, as cotações da saca giram em torno de R$ 33,00 a R$ 34,00, em lavouras com tecnologia média. Porém, os custos de produção estão próximos de 45 sacas de trigo por hectare. “E sabemos que o trigo é uma cultura bastante sensível, especialmente aos eventos climáticos. Caso, o clima permaneça favorável, o rendimento médio deve ficar acima de 50 sacas do cereal por hectare”, finaliza Becker. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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