Facada no pixuléco e o tiro na cabeça do índio, por João Batista Olivi
Após a invasão indígena em cinco fazendas na região de Antônio João (MS), que resultou na morte de um dos líderes indígena Guarani Kaiowa, os povos Terenas prometeram enviar mais de 20 mil guerreiros para apoiar as invasões.
O clima que já era tenso pode se agravar nas próximas horas. Os fazendeiros alegam que o tiro tenha partido das forças de segurança, mas as lideranças indígenas afirmam que o disparo foi dado por proprietários das fazendas.
O Deputado Federal Henrique Mandetta/DEM-MS, esteve no local no dia do incidente e informou em nota na sua rede social que houve "troca de tiros de ambos os lados" e que "ouviu um tiro numa mata a 800 metros e dez minutos depois os índios trouxeram um corpo que diziam ter sido alvejado". Como médico avaliou o cadáver e constatou que o homem já estava morto horas atrás.
Para o jornalista João Batista Olivi, é preciso discutir as causas dos conflitos que provocaram a morte do índio guarani, e essa onda de invasões em todo o território nacional. "Não há solução prática no nosso modo de ver, o que precisa é encontrar outra terra para que eles possam fazer o que querem", declara.
Pixuleco
Outra forma de agressão motivada por ideologia política que ocorreu neste final de semana foi a facada no pixuleco. O boneco inflável que representa o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido com roupa de presidiário, apelidado de 'Pixuleco', foi rasgado no Viaduto do Chá, em frente à prefeitura de São Paulo.
A estudante de Direito Emmanuelle Thomaziello Valério de Souza, de 20 anos, foi detida após golpear com uma faca o boneco, que esvaziou imediatamente. Na delegacia, a estudante contou que é filiada ao PCdoB e integrante da União da Juventude Socialista (UJS), mas negou o ataque. O caso foi registrado como dano a patrimônio. De acordo com a polícia, o boneco passará por perícia na segunda-feira.
Além disso, a população brasileira acordou nesta segunda-feira com a informação de que o governo decidiu enviar ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com previsão de déficit primário, admitindo que gastará mais do que vai arrecadar, mesmo sem levar em conta despesas com pagamento de juros. Trata-se da primeira vez na história que o governo não consegue fechar as contas e entra no vermelho, prevendo desequilíbrio fiscal.
Segundo o João Batista o país precisa de uma nova liderança "que acalme a nação e evite o conflito", declara.