Renato Dias: Pesquisa da XP comprova o forte apoio popular a Bolsonaro (apesar do cerco da extrema imprensa)
Avaliação de Bolsonaro se mantém estável em dezembro, mostra pesquisa XP/Ipespe
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro manteve o mesmo patamar de aprovação apurado há um mês, mostrou pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta terça-feira, mesmo diante do agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil.
De acordo com a sondagem, a avaliação do governo como "ótimo" ou "bom" oscilou de 37% em novembro para 38% em dezembro. Já os que consideram a gestão "péssima" ou "ruim" variou de 34% no último mês para 35% agora. Aqueles que avaliam o governo como "regular" passaram de 28% para 25%.
A pesquisa apontou, ainda, que 40% dos entrevistados dizem ter "muito medo" da Covid-19. Em novembro eram 37%, e 28% em outubro. Aqueles que responderam não ter medo passaram de 24% em novembro para 22% em dezembro.
Outro movimento captado diz respeito à expectativa em relação à pandemia. Para 48% "o pior ainda está por vir", maior patamar registrado desde julho, segundo a XP/Ipespe. Para 43%, "o pior já passou".
O percentual dos que acreditam que o país irá enfrentar uma segunda onda do coronavírus se manteve em 77%.
Sobre a perspectiva para a imunização, 40% acreditam que a vacina estará disponível para a população até março de 2021. Outros 49% responderam que ela será disponibilizada depois de março de 2021.
A pesquisa entrevistou 1.000 pessoas no território nacional entre 7 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
A rodada de dezembro da pesquisa XP/Ipespe mostra que o presidente Jair Bolsonaro manteve o patamar de aprovação do mês anterior, a despeito do agravamento da pandemia de coronavírus e da redução do valor do auxílio emergencial, em curso desde outubro.
O grupo dos que avaliam sua gestão como ótima ou boa oscilou de 37% para 38%, enquanto os que dizem que ele faz um governo ruim ou péssimo passaram de 34% para 35%. Os que dizem que a administração é regular foram de 28% para 25%.
Foram realizadas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 7 a 9 de dezembro. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
A pesquisa registra também uma melhora na avaliação positiva dos governadores, que passou de 32% para 36% retomando patamar de julho deste ano.
Os entrevistados foram questionados ainda sobre temas relacionados à pandemia de coronavírus.
O grupo dos que se dizem com "muito medo" da doença voltou a crescer, passando de 37% para 40% -- dois meses antes, esse grupo estava na mínima, com 28%.
Em outra pergunta, 48% dos entrevistados dizem que o pior ainda está por vir -- maior percentual desde julho. Ampla maioria -- 77% do total -- acredita que o país irá passar por uma segunda onda de coronavírus.
Em relação à vacina, 40% acreditam que ela será disponibilizada para a população ainda no primeiro trimestre do ano que vem, contra 49% que isso acontecerá apenas depois de março.
ELEIÇÕES
A rodada de dezembro da pesquisa XP/Ipespe mostra também que, se a eleição fosse hoje, o presidente Jair Bolsonaro lideraria com 29% das intenções de voto. Ele aparece à frente de Fernando Haddad (PT), com 12%, Sérgio Moro, com 11%, Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Luciano Juck, com 7%. Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 5% -- é o primeiro resultado divulgado com o candidato, depois de sua ida ao segundo turno na disputa pela capital de São Paulo.
Na pesquisa espontânea, quando os nomes não são apresentados, Bolsonaro atinge 24% contra 6% de Lula, que aparece em segundo lugar. Ciro tem 3%, Haddad 2% e Moro, 1%.
Em simulações de segundo turno, Bolsonaro voltou a aparecer numericamente à frente de Moro, com 36% a 34%. Ele bateria todos os outros rivais: Haddad, por 45% a 35%; Ciro Gomes por 43% a 36%; Luciano Huck, por 40% a 33%; e Guilherme Boulos, por 47% a 31%