Milho tem cenário altista pela frente com clima afetando produção dos EUA, Europa e China

Publicado em 24/08/2022 12:15
Bolsa de Chicago se aproxima dos US$ 7,00 o bushel e essa força de altas pode chegar ao Brasil para elevar ainda mais as cotações e gerar novas boas oportunidades aos produtores brasileiros
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora

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Milho tem cenário altista pela frente com clima afetando produção dos EUA, Europa e China

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A Bolsa de Chicago (CBOT) já acumulou altas nos últimos cinco pregões seguidos e atingiu os maiores patamares dos últimos dois meses. Na visão de Roberto Carlos Rafael da Germinar Corretora, o que está sustentando essas elevações são as condições climáticas adversas para as lavouras dos Estados Unidos, Europa e China. 

O analista destaca que as condições de lavouras dos Estados Unidos não são ideais e houve reduções até mesmo na área cultivada de acordo com o último reporte do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Na Europa, a redução de produção já chega à 8 milhões de toneladas, mas pode ser de até 10 milhões de toneladas. 

Rafael ressalta que, os fatores que poderiam frear este cenário altistas seriam uma desaceleração da demanda mundial diante de problemas na economia e as variações de taxas de juros que poderia alterar as flutuações cambiais do dólar. 

Já para o mercado brasileiro, essa influência ainda não chegou com muita força em função dos volumes provenientes da colheita da segunda safra, da elevação na projeção de colheita da Argentina, queda do dólar e demanda não tão aquecida. 

Porém, na visão de Rafael, novas altas em Chicago devem refletir no Brasil e novas oportunidades de negócio vão aparecer para o produtor brasileiro, inclusive diante das exportações nacionais que devem atingir patamar de 40 milhões de toneladas no ciclo. 

Confira a íntegra da entrevista com o analista de Germinar Corretora no vídeo. 

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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