Expectativa de super safrinha de milho deve causar recuo das cotações no mercado interno, alerta analista
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Expectativa de super safrinha de milho deve causar recuo das cotações no mercado interno, alerta analista
Na visão do analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, a segunda safra brasileira de milho deve produzir entre 85 e 94 milhões de toneladas, se caracterizar como uma super safrinha e atuar para pressionar as cotações do cereal no Brasil.
Rafael ressalta ainda que o mercado brasileiro esperava um desabastecimento maior entre abril e maio, o que mostra que havia mais milho armazenado do que os números de estoques de passagem mostravam.
Diante deste cenário, o analista destaca a importância do produtor ficar atento ao mercado e aproveitar o bom momento de preços para fechar média de comercialização, ao invés de apostar em uma catástrofe.
Outro fator que pode contribuir para a redução dos preços do cereal é uma normalização no plantio da safra norte-americana, que está atrasado, mas pode ser retomado com a previsão de melhora dos mapas climáticos nos próximos dias. Isso atuaria para reduzir os preços também em Chicago, que nesta semana rompeu a barreira dos US$ 8,00 o bushel nas maiores altas em 10 anos.
Por fim, Rafael aponta que os consumidores brasileiros estão aguardando e apostando nesses preços mais baixos, o que amplifica a importância de buscar novas vendas. Além disso, o atraso nas vendas da soja no Brasil pode gerar um problema de armazenamento mais à frente.
Por outro lado, a demanda por exportação deve ser aquecida em 2022. Nos últimos meses o Brasil já recebeu uma demanda extra de 2 à 2,5 milhões de toneladas e pode fechar este atual ciclo com 40 milhões de toneladas exportadas para dar vasão ao excedente de produção da safrinha.
Confira a entrevista completa com o analista da Germinar Corretora no vídeo.