Importação de milho para suprir setor de proteína animal deve durar até julho de 2022
As importações de milho para abastecer as necessidades do setor de proteína animal do Brasil não devem ser realizadas apenas neste momento, segundo Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina. Ele explica que, devido à quebra severa na safrinha brasileira, as incertezas sobre o desempenho das próximas safras e o volume do cereal exportado, não há estoques suficientes para serem consumidos nacionalmente.
De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ao longo dos sete primeiros meses de 2021, o Brasil importou um total de 1.081.771,5 toneladas de milho não moído, exceto milho doce.
"No caso de Santa Catarina, o mais tradicional parceiro comercial para a compra do milho é o Paraguai, mas com a seca do Rio Paraguai está difícil trazer o produto em barcaças, e é preciso vir de caminhão pela Ponte da Amizade, o que dificulta um pouco", disse.
O preço do insumo, conforme explica Barbieri, "é o de menos", e o mais importante neste momento é ter o insumo. "Tem contas apontando de que o milho vindo de fora chega cerca de R$ 20,00 por saca mais caro do que o que temos aqui", apontou.
Barbieri afirma que, inclusive, é preocupante a questão de onde o Brasil irá importar o milho, uma vez que Paraguai e Argentina sofreram problemas durante a safra, da mesma forma do que muitos Estados ptrodutores no Brasil.