Importação de milho para suprir setor de proteína animal deve durar até julho de 2022

Publicado em 03/08/2021 14:19 e atualizado em 03/08/2021 16:39
Segundo presidente da Faesc, com o preço do insumo, a proteína animal brasileira pode perder sua competitividade no mercado externo
Enori Barbieri - Vice Presidente da FAESC

As importações de milho para abastecer as necessidades do setor de proteína animal do Brasil não devem ser realizadas apenas neste momento, segundo Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina. Ele explica que, devido à quebra severa na safrinha brasileira, as incertezas sobre o desempenho das próximas safras e o volume do cereal exportado, não há estoques suficientes para serem consumidos nacionalmente.

De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), ao longo dos sete primeiros meses de 2021, o Brasil importou um total de 1.081.771,5 toneladas de milho não moído, exceto milho doce.

"No caso de Santa Catarina, o mais tradicional parceiro comercial para a compra do milho é o Paraguai, mas com a seca do Rio Paraguai está difícil trazer o produto em barcaças, e é preciso vir de caminhão pela Ponte da Amizade, o que dificulta um pouco", disse.

O preço do insumo, conforme explica Barbieri, "é o de menos", e o mais importante neste momento é ter o insumo. "Tem contas apontando de que o milho vindo de fora chega cerca de R$ 20,00 por saca mais caro do que o que temos aqui", apontou. 

 Barbieri afirma que, inclusive, é preocupante a questão de onde o Brasil irá importar o milho, uma vez que Paraguai e Argentina sofreram problemas durante a safra, da mesma forma do que muitos Estados ptrodutores no Brasil. 

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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