Milho a R$ 80 no MT pode ser realidade em breve diante de cenário positivo que durará pelo menos mais dois anos, diz Céleres

Publicado em 14/01/2021 17:43 e atualizado em 15/01/2021 04:34
Analista Anderson Galvão enxerga “tempestade perfeita” para manutenção dos preços que não seria limitada mesmo com preços fora da realidade para granjas, uma vez que as exportações irão absorver o excedente.
Anderson Galvão - Analista - Céleres Consultoria

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Milho à R$ 80 no MT pode ser realidade em breve diante de cenário positivo que durará pelo menos mais dois anos, diz Celeres

 

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A “tempestade perfeita” para os preços internacionais das commodities está se formando desde o início de 2020 e deverá permanecer no radar, pelo menos, até o final de 2022 tanto no mercado internacional quanto no mercado interno.

Segundo o analista da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, os fatores que levaram a este cenário foram a recomposição dos rebanhos animais da China, que passou a demandar mais grãos e alguns problemas na produção da América do Sul e dos Estados Unidos.

Com isso, o produtor brasileiro que vende em dólar continuará negociando com preços bastante elevados.

Já no mercado interno, um fator que entra nessa conta como possível limitante das cotações seriam as incertezas com a volatilidade das cotações cambiais e uma possível chegada ao limite de altas que o setor granjeiro e de rações suportaria pagar.

Na visão do analista, este limite está bem próximo e seria de R$ 90,00 a saca, mas o analista acredita que nem mesmo a saída deste4s players do mercado interno seria suficiente para reduzir os preços no Brasil. Isso porque, a demanda internacional seguira aquecida e o abastecimento global prejudicado.

Sendo assim, Galvão acredita que a região da BR-163 no Mato Grosso, onde a saca de milho costuma ser mais barata, e hoje é cotada ao redor dos R$ 64,00 em Sorriso, pode facilmente chegar aos R$ 76,00 na paridade de exportação e bater os R$ 80,00 em 2021. “É o milho chegando aos preços que costumavam ser da soja”, diz.

Confira a entrevista completa com o analista da Céleres Consultoria no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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