Cotações do milho no Brasil seguem firmes com primeiros volumes colhidos destinados aos contratos de exportação

Publicado em 02/07/2020 11:21
Níveis embarcados registraram grande elevação na última semana de junho e devem seguir crescendo em julho, agosto e setembro. Concorrência com cereal norte-americano e ucraniano nos três últimos meses do ano precisa estar no radar do produtor brasileiro
Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto

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Entrevista com Yago Travagini Ferreira - Analista de Mercado da Agrifatto sobre o Mercado do Milho

 

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Mesmo com o avanço dos trabalhos de colheita da segunda safra de milho nas principais regiões produtoras do Brasil os preços do cereal no mercado interno seguem elevados. O indicador do milho Esalq/BM&FBovespa, por exemplo, fechou a última quarta-feira (01) valendo R$ 49,51 a saca, com alta de 2,02% com relação ao dia anterior.

Segundo o analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini Ferreira, a colheita segue lenta e destina estes primeiros volumes para cumprir contratos já firmados de exportação, não deixando cereais disponíveis suficientes para abastecer o mercado interno.

Além disso, as empresas compradoras de milho, que evitavam adquirir novos lotes no aguardo de desvalorizações com a colheita, chegaram a seus limites e agora precisam retornar ao mercado em busca de novas compras.

Na última quarta-feira, o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até o final do mês de junho.

Nestes 21 dias úteis do mês, o Brasil exportou 348.129,7 toneladas de milho não moído, um acréscimo de 307.107,8 toneladas com relação ao fechamento da terceira semana. Com isso, as exportações subiram mais de 1.296% de maio a junho, apesar de ainda ser 73,64% menor do que o mesmo de 2019.

Ferreira comenta que os volumes embarcados registraram uma recuperação forte nos últimos dias de junho e devem seguir crescendo em julho, agosto e setembro. Nos três últimos meses do ano, a concorrência com o milho norte-americano e ucraniano será mais forte e isso pode impactar no ritmo exportado brasileiro.

Confira a íntegra da entrevista com o analista de mercado da Agrifatto Consultoria no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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