Milho chegou às suas máximas na casa dos R$ 60,00 e agora deve ter tendência de queda, diz Germinar Corretora

Publicado em 03/04/2020 14:36 e atualizado em 03/04/2020 15:48
Analista de mercado aponta diminuição na demanda interna por alguns setores da indústria e ritmo mais forte de colheita da safra verão em algumas regiões como fatores que devem pressionar as cotações. B3 opera abaixo dos R$ 50,00 para o vencimento maio/20 e na casa dos R$ 45,00 para o julho/20
Roberto Carlos Rafael - Germinar Corretora

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Milho chegou às suas máximas na casa dos R$ 60,00 e agora deve ter tendência de queda, diz Germinar Corretora

 

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Durante os últimos dias foram registrados negócios por milho no Brasil na casa dos R$ 60,00 a saca. Apesar das cotações estarem altas e o mercado sustentado desde o ano passado, este cenário deve mudar e os preços começaram a regredir a partir de agora, na visão do analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael.

“Nós esperávamos que os preços de março seriam os maiores, mas os preços já estão caindo. Tem alguma coisa de 60 reais que está saindo, mas estamos percebendo que o consumo esta sendo retraído. Mas ainda são preços extremamente remuneradores para o produtor”, comenta Rafael.

Segundo o analista, a entrada de oferta da safra verão colhida em algumas regiões como Minas Gerais e Goiás ajuda a pressionar as cotações, inclusive na bolsa brasileira, que apresenta preços “extremamente baixos”.

Na opinião dele o milho chegou ao seu limite de altas e devemos ter uma redução daqui para frente. “Com a redução do consumo e uma oferta mais abundante chegando de Minas Gerais no mercado precisamos tomar cuidado porque os preços estão retraindo um pouco. Estamos vivendo um momento de incertezas, não sabemos o dia de amanhã sobre como o mercado vai se comportar. Essa questão de demanda tem um futuro muito incerto”, diz o analista.

Rafael aponta ainda que, aqueles produtores que trabalharam com antecipação das vendas da produção desta próxima safrinha e buscaram realizar médias de preços vão conseguir atingir patamares melhores de rentabilidade do que aqueles que deixaram grandes volumes ainda não negociados, e recomenda que os produtores sigam atentos aos desdobramentos do mercado para a demanda interna, desenvolvimento da safrinha e cotação do dólar, além do tamanho da safra e da demanda americana.

Confira a íntegra da entrevista com o analista da Germinar Corretora no vídeo.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

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