Safra de milho tem problemas de desenvolvimento no Paraguai e preços para a venda não são atrativos
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Safra de milho tem problemas de desenvolvimento no Paraguai e preços para a venda não são atrativos
A safra de milho no Paraguai apresenta muitas diferenças pelo país, tanto nos estágios de desenvolvimento quanto nas condições de lavouras após o regime de chuvas também variar bastante de região para região.
Segundo o presidente da APS (Associação dos Produtores de Soja, Oleaginosas e Cereais do Paraguai), Eno Michels, a região mais ao sul do país, por exemplo, ainda está com plantio entre 30 e 40% e sofreu com a seca, apesar de ainda se desenvolver bem. Já a região mais próxima da capital Assunção, registra 45 dias sem precipitações e deve ter grandes perdas de produtividade.
Outra questão que preocupa os produtores paraguaios é a comercialização tanto para o milho quanto para a soja. Michels destaca que, como todas as negociações no Paraguai são feitas em dólar, as cotações de venda não são atrativas e os produtores não buscam fechar novos contratos neste momento.
Tudo isso em meio aos desdobramentos da crise do Coronavírus. De acordo com dados do jornal ABC, o país tinha, até as 21 horas de segunda-feira (30), 65 casos confirmados e 3 mortes, e deve ficar em isolamento total até o dia 12 de abril.
Michels conta que o governo paraguaio está em busca de empréstimos internacionais para destinar ao setor de saúde do país, mas que enquanto isso, senadores de esquerda tentam ampliar os impostos sobre o agronegócio taxando em 5% as exportações de soja.
Confira a íntegra da entrevista com o presidente da APS no vídeo.