Milho: Com colheita da safrinha e redução nas exportações, preços se acomodam em patamares mais baixos

Publicado em 21/10/2016 11:55
Atualmente, saca do cereal é negociada entre R$ 33,00 a R$ 35,00. Para a safra de verão, a perspectiva é que as cotações fiquem próximas de R$ 30,00. No estado, a projeção é de um aumento entre 10% a 15% na área cultivada com o grão. Negócios para a safrinha de 2017 giram em torno de R$ 25,00 a saca.

De acordo com Pedro Arantes, economista da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), os preços do milho em patamares mais altos, conforme eram esperados pelos produtores, não vieram porque, uma vez que a colheita da safrinha foi combinada com menor exportação, os preços vem saindo de maneira lenta.

"Alguns deixaram de vender a R$42 para vender a R$50. Isso não aconteceu e não vai acontecer. Com o plantio da segunda safra e a pressão da safra americana no mercado, o preço deve ficar de R$35 a R$36, com expectativa de oferta na colheita para R$30 e negócios para a safrinha do ano que vem já em torno de R$25", aponta.

Os valores ainda estão acima dos preços históricos nos últimos cinco anos. Na última safrinha, o estado de Goiás experimentou uma situação atípica, onde houve perda de 45% até 50% da produção, o que levou aos altos preços praticados anteriormente. Neste momento, o mercado, bem atendido, faz com que haja uma melhor condição de equilíbrio entre oferta e demanda.

Para a safrinha, o aumento de área deve ser apenas de 10% a 15%, o que significa de 20 a 30 mil hectares, logo, não deve impactar muito no volume. O economista destaca que, com as perdas na última safrinha, muitos produtores ficaram em situações complicadas, com dívidas e alongamento de contratos de entrega.

A perspectiva, no entanto, é de que o preço não irá chegar ao preço mínimo, atualmente estabelecido em R$19,50, e que os valores recebidos serão remuneradores para quem tiver o produto. O momento, portanto é de atenção para os produtores.

Nos meses de outubro e novembro, pode haver um pico de demanda, mas essa reação deve ser muito pequena, segundo o economista. "Nada que volte às expectativas".

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas

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