Milho plantado mais cedo no norte do MT se salva da estiagem
A longa estiagem entre os meses de março e abril prejudicaram o desenvolvimento do milho no Centro-Sul do país. As lavouras cultivadas mais tarde foram as mais prejudicadas, no entanto, os produtores que conseguiram realizar a semeadura dentro da janela terão bom rendimento.
As áreas que estão em fase de 'pamonha' dependem ainda de mais um chuva para recuperar todo seu potencial produtivo, e as previsões climáticas são animadores. O avanço de uma frente fria trará chuvas para o Mato Grosso a partir de quarta-feira (27). Os volumes não serão altos, mais suficientes para permitir uma mudança no padrão atmosférico e consequentemente uma melhora ao desenvolvimento das lavouras, segundo informações do agrometeorologista, Marco Antônio dos Santos.
"São milhos com rendimento de 100 sacas por hectare, mas se der uma chuva ele vai para 120 a 130 sc/há, compensando parte das perdas da soja. Agora aqueles produtores que fizeram contratos futuros a R$ 16,00/sc simplesmente vão empatar" explica o vice-presidente do sindicato rural de Sinop (MT), Leonildo Barei.
A última semana de abril será marcada por um padrão meteorológico totalmente diferente do observado ao longo de todo o mês. A frente fria vai romper o bloqueio atmosférico que manteve o tempo quente e seco em boa parte do país nas últimas semanas e que prejudicou as lavouras da segunda safra de milho do Brasil.
No entanto, a exemplo de Ipiranga do Norte (MT), as lavouras cultivadas fora da janela ideal já têm perdas consolidados que não deverão reverter mesmo como retorno das precipitações.