Paulo Herrmann diz que o Agro brasileiro continua no campo, trabalhando, apesar do coronavírus
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Entrevista com Paulo Herrmann - Presidente John Deere Brasil sobre o Marcas e Máquinas
-- "Com vírus ou sem vírus, nosso produtor precisa colher a sua safra", diz Paulo Hermann, presidente da John Deere do Brasil, em entrevista ao jornalista Frederico Olivi, do programa Marcas e Máquinas. Paulo Hermann considera que a epidemia do coronavírus tenderá a atingir ao agricultor de uma maneira mais amena "devido à caracteristica de seu trabalho, que é junto ao ar livre, junto à natureza".
-- "Sou um otimista por natureza", diz Paulo Herrmann. "Nesta segunda-feira em todo o País, os agricultores estão lá no campo, colhendo e já planejando o plantio de mais uma safra. O mundo continuará precisando se alimentar, então digo que, sim, estamos atentos, mas nossos agricultores não vão parar. Estamos no campo, operando, colhendo, plantando a safrinha. Como a agricultura está no interior e está a céu aberto, o impacto será muito menor".
Paulo Hermann tem transmitido uma mensagem para que todos, nesse instante, mantenham a calma e prudência, e trabalhem na prevenção contra a disseminação do vírus e de notícias alarmantes.
A John Deere Brasil criou uma sala de crise para discutir os acontecimentos do impacto do coronavírus na sociedade brasileira e já recomendou a todos os seus revendedores que revejam seus planos de atender seus clientes através de eventos, e que, por hora, devem ser cancelados.
Hermann não esconde a preocupação com a nossa economia, pois será dificil que o Brasil não sofra com essas medidas drásticas de contenção do fluxo de pessoas e cargas a nível global, e que essa contenção pode trazer impacto negativo no PIB deste ano, causando mais um ano de retração na economia.
"Mesmo assim permaneço otimista, trabalhando, acreditando no País e em seus agricultores". Paulo Hermann fez questão de ressaltar a importância de o setor ter informações de qualidade, com seriedade. "Nessas horas o melhor remédio para combater o pânico é podermos contar com informação confiável. E isso é o trabalho que voces fazem no Marcas e Máquinas/Notícias Agrícolas". (Acompanhe a entrevista acima).
Montadoras de veículos colocam freios em produção na Europa
Funcionário da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), usando uma máscaram, deixa unidade da companhia em Mirafiori, em meio à epidemia de coronavírus. 10/3/2020. REUTERS/Massimo Pinca
Representantes de trabalhadores na Itália, França, Bélgica, Espanha e Alemanha cobraram controles melhores sobre higiene, desinfecção e isolamento para funcionários que trabalham em linhas de produção europeias.
A Audi, unidade de carros de lucro da Volkswagen, afirmou que enfrenta dificuldades para manter a produção em fábrica em Bruxelas porque alguns trabalhadores rejeitam utilizar algumas ferramentas diante de receios de que possam estar se contaminando com o coronavírus.
Já a Fiat Chrysler Automobiles (FCA) está interrompendo a produção na maior de suas fábricas na Europa para ajudar a proteger funcionários e se ajustar à queda na demanda, afirmou a montadora ítalo-americana.
A Itália tem sido o país mais atingido pelo pânico em torno do coronavírus e o primeiro do continente a implementar o fechamento de fronteiras, algo que foi replicado pela Espanha e em menor grau pela França.
A francesa PSA, que controla as marcas Peugeot, Opel e Vauxhall brands, também afirmou que está fechando fábricas na Europa até 27 de março. A Renault informou que vai suspender atividades industriais na França, fechando 12 instalações do grupo e deixando em casa 18 mil funcionários por tempo indeterminado.
"A continuidade das atividades de produção do grupo em outros países europeus depende da situação em cada país", informou a Renault.
Com serviços não-essenciais fechados em vários países, incluindo concessionárias de veículos, e com muitas pessoas optando por ficar em casa, analistas estimam uma forte queda nas vendas de veículos em março e recuo de 4% no mundo este ano.
Marco Opipari, analista na Fidentiis, afirmou que algumas semanas de fechamento de fábricas na Europa não são um grande problema, dado o excesso de capacidade do setor.
"O problema real é no lado da demanda. As pessoas não estão comprando carros agora e os volumes de vendas serão muito ruins em março, com impacto real no resultado das montadoras", disse.