Brexit e busca por hábitos mais saudáveis: Brasil pode dobrar exportações de frutas para o Reino Unido, aponta Apex-Brasil

Publicado em 07/10/2021 16:03 e atualizado em 07/10/2021 16:52
Entrevista com Pedro Netto - Analista de inteligência da Apex-Brasil sobre a Exportação de fruta para o Reino Unido
Pedro Netto - Analista de inteligência da Apex-Brasil

Podcast

Entrevista com Pedro Netto - Analista de inteligência da Apex-Brasil sobre a Exportação de fruta para o Reino Unido


Para 2022, o Brasil tem perspectivas promissoras de aumento de exportação de frutas exóticas e superalimentos, como mangas, mamões, pêssegos, nectarinas e berries, para atender o Reino Unido.  

Dois fatores são determinantes no contexto do País: a mudança de hábitos de consumo alimentar dos britânicos e o Brexit, que passa a vigorar no próximo ano com a implementação de barreiras sanitárias aos produtos da União Europeia – atualmente principal região exportadora para o País.  

“Para se ter uma ideia do potencial gerado pelo Brexit, o Reino Unido importa 88% das frutas que consome, sendo que metade dessas importações vêm da União Europeia. O ano de 2022 será chave, pois a região começará a implementar barreiras sanitárias aos produtos da UE, o que irá diminuir as importações oriundas do bloco, trazendo mais oportunidades para os exportadores brasileiros”, destaca a Apex. 

O mercado mundial de exportação de frutas movimenta US$ 150 bilhões por ano, sendo que o País tem apenas 0,6% de participação nesse total. “Nós precisamos crescer esses números, pois a fruticultura gera renda inclui pequenos e médios produtores, contribui para o desenvolvimento das regiões onde está presente e muda a realidade objetiva desses locais, ou seja, melhora a vida das comunidades”, destacou o representante da Abrafrutas.  

A expansão dos negócios de frutas brasileiros para o Reino Unido tem potencial de aumento também porque os britânicos têm monitorado sua alimentação para controlar o peso e estão mais atentos a informações nutricionais nos rótulos de alimentos e bebidas, com o incentivo do governo britânico, que tem feito campanhas relativas ao tema. Segundo a pesquisa Lifestyles Consumer Survey, da Euromonitor de 2020, 34% dos britânicos monitoram sua alimentação para controlar o peso e 32% leem as informações nutricionais nos rótulos de alimentos e bebidas.  

Essa tendência explica o aumento no consumo de frutas que são superalimentos, como blueberries e cranberries. Considerados itens de luxo há alguns anos, eles passaram a integrar a mesa do público cada vez mais preocupado com uma alimentação balanceada. Entre 2019 e 2020, as exportações nacionais de frutas para o Reino Unido tiveram um aumento de 44%, saltando de US$ 95,8 milhões para US$ 138 milhões. A previsão é de que, até 2023, a taxa de crescimento médio anual destes produtos seja de 3,3%, em termos de volume. 

Confira a entrevista completa no vídeo acima

Por: Virgínia Alves
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

HORTI RESENHA #77 - Abrafrutas: 10 anos fomentando exportações de frutas do Brasil
Abrafrutas celebra grande conquista: mercado chinês abre as portas para uvas frescas brasileiras
Pepino caipira é o destaque da semana (18 a 22/11) no atacado da CEAGESP
Maçã/Cepea: Perspectivas iniciais sobre a safra 2024/25 da eva
Cenoura/Cepea: Preços sobem com força em São Gotardo (MG)
CNA participa de reuniões de câmaras setoriais de mandioca e florestas plantadas
undefined