Em Sumaré (SP), chuvas recentes comprometem a qualidade do tomate e perdas podem ficar acima de 25%
As chuvas recentes em todo o sudeste atrasou a colheita do tomate no município de Sumaré (SP) comprometendo a qualidade da fruta.
Segundo o produtor rural, Gerson Stein, o excesso de precipitações prejudicou 50% da área prevista para colher neste mês, resultando em um prejuízo de 25% a 30%.
"A alta umidade faz a planta puxar muita água formando pequenas fissuras na pele que depois necrosa e fica escura, perdendo muito do valor comercial", explica Stein.
Inicialmente era esperado um rendimento médio de 400 caixas (de 22 kg) por mil plantas, caindo para 300 caixas se considerado as melhores áreas.
E, mais uma vez o produtor de tomate da região amarga prejuízo. Em outubro do ano passado mais de 800 mil plantas tiveram perda total e em torno de 300 mil apresentaram perdas parciais, devido a um forte temporal que atingiu o município.
"Nesta ocasião cerca de 80% dos produtores perderam quase toda a produção, a sorte é que muito conseguiram acionar o seguro. O problema é que o seguro só cobre granizo e não manchas, como está correndo neste ano", ressalta o produtor.
Segundo ele, com o baixo rendimento e a perda de qualidade a safra deste ano conseguirá apenas cobrir os custos de produção.
Na região a caixa do tomate de melhor qualidade é negociada a R$ 50,00, porém poucos produtores conseguem aproveitar esses níveis devido ao grande volume de manchas na fruta que reduz em 50% o valor de referência.