Diante dos baixos preços da mandioca e do teor reduzido de amido na raiz, produtores reduzem oferta e cotações se recuperam

Publicado em 04/11/2015 11:31
Diante dos baixos preços da mandioca e do teor reduzido de amido na raiz, produtores reduzem oferta e cotações se recuperam nos últimos 20 dias

Os produtores estão diminuindo o ritmo da colheita de raiz de mandioca, diante do pequeno rendimento de amido e dos baixos preços dos últimos períodos. Com isso as cotações da mandioca subiram no final de outubro em praticamente todas as regiões produtoras.

“A remuneração por tonelada estava impraticável para o produtor, porque os custos de colheita e transporte praticamente consumiam cerca de 80% a 90% da remuneração, fazendo com que o agricultor retraísse a oferta aguardando uma recuperação no teor de amido", explica o diretor da Abam, Ivo Pierin Júnior.

De acordo com levantamento do Cepea, os valores da mandioca seguiram em elevação, com a média a prazo da tonelada posta fecularia em R$ 134,66 (R$ 0,2342 por grama de amido), 0,3% maior que o da semana anterior. Já o preço médio de setembro (R$ 134,87/t), subiu 1,5% ante ao de agosto.

Ainda assim, essa recuperação continua abaixo dos custos de produção, em função do teor de amido está menor, mas segundo o diretor se a recuperação nas cotações der seqüência, em breve os custos serão cobertos.

A demanda por amido, por sua vez – principalmente por parte das exportações – têm crescido em função dos baixos preços que eram praticados, onde foi possível conquistar mercados. "Nós tivemos também a intervenção do governo que adquiriu aproximadamente 15 mil toneladas entre farinha e fécula, e no mercado interno ainda teve uma grande procura por conta dos preços baixos", destaca Pierin.

Para ele, a baixa rentabilidade da cultura da mandioca no correr deste ano e as dificuldades dos produtores com o financiamento devem resultar em quedas na área a ser plantada na temporada 2015/16.

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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