Trigo: Produtores reduzem área cultivada e investimento em tecnologia em Passo Fundo (RS)
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Entrevista com Dilermando Rostirolla - Produtor Rural sobre o Acompanhamento de Safra do Trigo
Na região de Passo Fundo/RS, os produtores rurais reduziram a área cultivada em 10% com o trigo e também vão diminuir os investimentos em tecnologia nas lavouras. Por outro lado, o impasse no tabelamento dos fretes ainda continua prejudicando o escoamento dos grãos.
Segundo o Produtor Rural, Dilermando Rostirolla, a semeadura teve que ser estendida em função das chuvas nos mês de maio que comprometeu o andamento dos trabalhos na localidade. “O cultivo da cultura já foi concluído, mas um atraso na janela de plantio de quase 20 dias. Eu acredito que o desenvolvimento da planta está dentro da normalidade”, afirma.
Os produtores reduziram a área cultiva nesta temporada em função dos baixos preços durante a colheita da safra anterior. “O agricultor não investiu como deveria, e por isso, não vamos ter uma lavoura bem feita já que não utilizaram adubos da forma correta”, comenta.
As condições climáticas têm beneficiado o desenvolvimento das lavouras de trigo na localidade e as temperaturas estão ao redor de 15 ºC. “Nós últimos dias, tivemos o tempo encoberto e o melhor para a cultura é que não chova neste momento para não prejudicar as lavouras”, diz.
Comercialização
Atualmente, as referências para o trigo na região giram ao redor de R$ 800,00 por tonelada, os preços nestes patamares remuneram os produtores rurais. Segundo Rostirolla, o Brasil vai precisar importar ainda mais trigo de outros países para atender as demandas. “Eu tenho informações que foram compradas cargas de trigo da Rússia e que devem chegar no mês de outubro, no período da colheita”, ressalta.
Logística
Assim como em outras regiões, a comercialização da safra da soja está lenta devido aos altos preços da tabela de fretes imposta pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Há uma discussão entre os vendedores e compradores para saber quem vai pagar pelo o frete. Além disso, a entrega dos fertilizantes também está atrasada”, finaliza.