Feijão carioca tem queda de 10% no valor ofertado pelos compradores, mas negócios travam

Publicado em 16/09/2016 12:35
Inicio da safra do feijão no Paraná é marcado por plantio compassado o que pode reduzir risco de concentração de oferta mais adiante

Mesmo com o volume de oferta disponível diminuindo no campo, no varejo a venda está bastante lenta e tem travado o mercado.

Diante da perspectiva de reação dos preços do carioca, houve formação de estoques por parte dos varejistas, que agora se retraíram das compras. Assim, conforme explica o analista da Correpar, Marcelo Lüders, os empacotadores que adquiriram dos produtores com prazo, começam a fazer ofertas menores para o varejo, desestimulando ainda mais o mercado.

Dessa forma, houve queda de 10% no valor ofertado pelo carioca. Porém Lüders afirma que a disponibilidade do feijão ainda é pequena, devendo impulsionar os preços nos próximos dias.

"O mercado vai voltar a reagir para o nível de R$ 350,00/saca, já que daqui duas semanas se renova a expectativa de inicio de mês", afirma.

Apostando em novas valorizações, os agricultores também adoraram a postura de retração nesta semana.

Safra 2016/17

Paralelamente os produtores do Paraná também iniciam o plantio da primeira safra. Segundo o analista, ao contrário das perspectivas, os trabalhos de campo acontecem compassadamente, fator que irá refletir em uma oferta futura diluída.

Além disso, Lüders ressalta que no mercado internacional disponibilidade do grão também não será abundante. "Para os produtores brasileiros significa uma grande oportunidade de olhar para o rajado e preto no ano que vem de olho no mercado interno e exportação", acrescenta.

Lüders também afirma que "a grande aposta do feijão parece que ficará mesmo para a segunda safra".

Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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