Preços do feijão devem seguir em alta com consumo forte e impossibilidade de estocagem no Brasil

Publicado em 14/07/2016 12:33
Confira a entrevista de João Batista Olivi com João Ruas, - técnico de Planejamento da CONAB, no Fórum do Feijão, em Foz do Iguaçu/PR.

Os preços do feijão no Brasil devem permanecer em alta ao longo deste ano, é a avaliação do técnico de planejamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), João Ruas.

Com a redução de oferta também se confirmando para a terceira safra do grão, devido ao baixo abastecimento de água que limitou a irrigação, altos custos e problemas com pragas e doenças, a tendência é de mercado ajustado até 2017.

Conforme explica Ruas a cultura é perecível para haver controle de estoques, por isso, a produção é feita ‘da mão para boca’. "O feijão tem uma oscilação muito forte, por ser uma cultura de risco extremo", acrescenta.

Para a próxima safra o técnico da Conab considera muito prematuro afirmar que poderemos ter um incremento na produção. "Hoje o preço não é mais o fator dominante, o produtor avalia clima, custos entre outras coisas".

"Na primeira safra o feijão perdeu área para a soja, e com os preços elevados acabou perdendo para o milho na segunda safra também", destaca o técnico.

Atualmente o Brasil produz três variedades: carioca, caupi e preto, sendo o último o único com possibilidade de estocagem.

"O feijão preto é possível fazer a armazenagem durante aproximadamente um ano e meio sem grandes problemas. Mas, o carioca deprecia muito rápido", afirma o técnico da Conab.

Ao longo dos anos o consumidor passou a ter preferência pelo grão mais claro que caracteriza um produto novo. Assim, o carioca - tipo mais consumido no país - quando armazenado acaba escurecendo e perdendo valor de consumo, sendo destinado a indústria de ração.

 

Por: João Batista Olivi e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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