Produtor deve aproveitar bons preços do trigo ração e guardar produto de melhor qualidade para negociar a partir de maio, diz consultor

Publicado em 23/02/2016 12:45
Nesse momento, os preços do trigo no mercado nacional estão abaixo dos praticados em pleno período de safra. Quem esperou pra negociar nessa entressafra não fez bons negócios. Mas cenário pode mudar

A demanda adicional pela indústria da ração no período da safra obrigou os moinhos a pagar melhor pelo trigo, gerando competição de oferta e elevando o preço no mercado interno. Assim, os produtores que tomaram a decisão de esperar para comercializar agora no período de entressafra se depararam com preços menores.

De acordo com o corretor de mercadoria da De Baco Corretora de Mercadorias, Marcelo De Baco, os preços praticados hoje estão cerca de R$ 50,00 mais barato em relação ao mesmo produto que foi comercializado no período da safra, sem considerar os custos de transporte e armazenagem.

Atualmente no Rio Grande do Sul, o trigo é comercializado na base de R$ 630,00 a tonelada, mas com expectativa de melhora nas cotações a partir de maio. Sendo assim, o analista afirma que os produtores que possuem o produto de melhor qualidade devem aguardar, caso não tenham necessidade de fazer caixa.

Agora "os moinhos já tem um estoque de conforto, e deve comprar apenas o necessário para recompor o estoque que está sendo consumido diariamente para não chegar justamente no pico de maio e junho, onde deve encontrar o mercado mais quente", explica De Baco.

Esse pico do mercado, no entanto, poderá se entender até setembro dependendo das confirmações de safra do Brasil. Com o milho trazendo maior rentabilidade aos agricultores, é possível que na safra 2015/16 ocorre uma redução significativa na área que daria continuidade a sustentação das cotações no segundo semestre.

Outro cenário, de acordo com o analista, seria os produtores aproveitar neste momento os bons preços pagos pelo trigo de ração, tendo assim um capital de giro até maio - momento que é esperado uma melhora na cotação do grão.

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Por: Aleksander Horta e Larissa Albuquerque
Fonte: Notícias Agrícolas

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