Em Alegrete (RS), perdas na produtividade das lavouras de arroz podem superar 15%

Publicado em 25/01/2016 09:32
Arroz: Apesar da melhora no clima, excesso de chuvas comprometeu o desenvolvimento das plantações. Além disso, muitas áreas deixaram de ser cultivadas. Manejo das lavouras também foi prejudicado devido ao clima irregular. Preços subiram e giram em torno de R$ 42,00 a saca. Cenário se repete na área Central e na Fronteira Oeste.

Apesar da melhora do clima, as lavouras de arroz já apresentam perdas consolidadas no Rio Grande do Sul. Entre as áreas mais afetadas com o excesso de chuvas estão à região Central e a Fronteira Oeste. Em todo o estado, cerca de 36 mil hectares foram perdidos e em Alegrete o número chega a 4 mil hectares, de um total de 53 mil hectares semeados nesta temporada.

O presidente do Sindicato Rural do município, Pedro Píffero, destaca que algumas áreas nem foram plantadas devido ao excesso de chuvas. “Além disso, o clima úmido comprometeu as aplicações de ureia e inseticidas nas lavouras. Com isso, a perspectiva é que haja uma queda na produtividade em torno de 15%”, afirma.

Diante desse cenário, o rendimento médio das plantações deverá cair para 7,4 mil quilos por hectare. Em anos normais, os produtores conseguiam uma produtividade próxima de 8,4 mil quilos por hectare. “E os produtores não têm seguro dessas áreas. Há uma conversa da Farsul (Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul) e da Federarroz com o Governo no intuito de viabilizar o acesso ao seguro. Claro que não irá contemplar o prejuízo total. Também há uma negociação para a liberação do pré-custeio para minimizar  os prejuízos  que já aconteceram”, explica Píffero.

Enquanto isso, a colheita do arroz deve ter início a partir do dia 18 de fevereiro na região. Já em relação aos preços, os valores registraram alta de R$ 1,00 e, atualmente, a saca é cotada a R$ 42,00 na localidade. “Os agricultores esperam uma cotação mais alta, próxima de R$ 45,00 a saca, para que compense os prejuízos com a safra”, ressalta a liderança sindical.

Frente a essa situação, Píffero ainda sinaliza que os produtores devem estar atentos ao seguro agrícola, a liberação do pré-custeio e na comercialização. 

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Por: Fernanda Custódio
Fonte: Notícias Agrícolas

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