Nova disrupção logística na China faz exportações de carne do BR terem que desviar de Xangai

Publicado em 29/04/2022 15:07 e atualizado em 29/04/2022 15:39
Casos de Covid 19 fizeram com que a cidade com um dos portos mais importantes da China entrasse em lockdown
Luis Rua - Diretor de Mercados da ABPA

Podcast

Entrevista com Luis Rua - Diretor de Mercados da ABPA sobre os Suínos

Logotipo Notícias Agrícolas

Decretado no final e março e prorrogado ainda no começo deste mês de abril, o lockdown em Xangai, na China, causado pelo aumento nos casos de Covid-19 têm impactado a logística mundial, e segundo o diretor de mercado da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Luís Rua, o Brasil não fica de fora desta disrupção.

Ele pontua que, especificamente sobre as exportações de carnes de aves e suína, sendo a China o principal parceiro comercial do Brasil, as cargas estão sendo desviadas do porto de Xangai, principal destino de exportações mundiais, e sendo encaminahdas para portos alternativos, o de Yantian, principalmente.

Entretanto, Rua explica que tanto a ABPA quanto os associados monitoram diariamente as cidades chinesas que possuem portos adequados para receber as cargas. Isso porque o gigante asiático adotou uma política de tolerância zero para a Covid-19, e o porto que está aberto hoje pode ser fechado temporariamente no dia seguinte caso haja o decreto de um lockdown. 

"Isso acaba gerando um aumento no custo do transporte das cargas, já que, além de percorrer um trajeto diferente para chegar em outros portos, há a questão da rigidez no controle sanitário na chegada ao local. Exames são feitos para detectar traços da coença nas cargas, e isso afz com que elas fiquem um pouco mais tempo paradas nos portos, o que também eleva os custos", disse.

De maneira geral, conforme ele afirma, o frete marítimo global aumentou entre 4 a 5 vezes o valor normal, movimento suportado pela escassez de contêineres e de linhas de transporte. 

"Apesar desta nova disrupção na cadeia logística mundial, não é  aprimeira vez que isso ocorre durante a pandemia. Então o mercado já está, em termos,a costumado com isso. Não houve quebras de contrato ou cancelamento de compras até agora porque os importadores compreendem a questão", disse Rua.

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Preço pago por tonelada da carne de frango exportada na terceira semana de abril segue 'patinando'
Faturamento com exportações de carne suína em 13 dias úteis chega a 83,94% do total de abril/24
Primeiro trimestre registra 13% de crescimento nas exportações da avicultura gaúcha
Cenário para avicultura de corte e suinocultura devem seguir favoráveis, apesar de custos mais altos com milho
Estabilidade predomina no encerramento desta quinta-feira (17) para o mercado do frango
Preços no mercado de suínos se sustentam ou registram leves ganhos nesta quinta-feira (17)