Tempestade no meio-oeste de SC deixou, pelo menos 23% de danos em granjas de suínos e aves

Publicado em 17/08/2020 17:10 e atualizado em 17/08/2020 18:07
De acordo com liderança no setor de suinocultura, houve pouca mortalidade de suínos, o que não deve afetar na produção para abastecimento do mercado interno, nem nas exportações
Losivanio de Lorenzi - Presidente ACCS

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Entrevista com Losivanio de Lorenzi - Presidente ACCS sobre as Tempestade em SC prejudica Rebanho de Suínos

 

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O temporal e os tornados que atingiram o meio-oeste de Santa Catarina na última sexta-feira (14) deixaram estragos que ainda estão sendo contabilizados por associações de suinocultores, de avicultores e autoridades estaduais. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, a região afetada tem em torno de 650 granjas de suínos e aves. Desse total, o presidente da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), José Antônio Ribas Júnior, em torno de 150 sofreram danos, o que representa 23%.

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Conforme explica Lorenzi, durante o final de semana foi necessário que os produtores se unissem e trabalhassem em conjunto para ajudar uns aos outros, serrando partes das estruturas de galpões que desabaram para retirar os animais.

"Conseguimos retirar os suínos que estavam sob os escombros e transportá-los para outras granjas que não tiveram problemas e que tinham espaço para alojar os animais. Apesar dos estragos, houve pouca mortalidade de suínos, principalmente de matrizes, o que não deve comprometer a produtividade, abastecimento interno e exportações", afirmou. 

O presidente da ACCS disse que a Associação está entrando em contato com autoridades do Governo do Estado de Santa Catarina para saber quais providências serão tomadas para ajudar os produtores a reconstruir as propriedades e seguirem na atividade.

Ribas Júnior conta que ainda não há números consolidados sobre o estrago causado pela tempestade, mas que das cerca de 150 granjas atingidas, em torno de 100 eram de aves. 

"Isso é porque a região tem uma concentração muito grande de avicultores. Os estragos foram de desabamento parcial de galpões, destelhamento, ou dificuldades com energia elétrica, devido a queda de postes ou rompimento de fiação", disse.

Segundo ele, tanto a ACAV quanto Sindicarne está trabalhando junto da Secretaria Estadual de Agricultura para prestar qualquer socorro à segurança das pessoas e dos animais, cuidando do fornecimento de energia para poder manter o bem estar dos animais da granja, fazendo estaqueamento dos galpões, e fornecendo lonas. 

"Em um segundo momento, será preciso estruturar os programas que o Governo do Estado já vem sinalizado com linhas de crédito para que os produtores psosam reconstituir seus galpões, ainda que a maioria das integradoras possuam seguro".

Até por volta de 18h desta segunda-feira (17), o levantamento do Governo de Santa Catarina era de 31 cidades atingidas pela tempestade, com registro de um óbito e 16 pessoas feridas. Informações da Epagri dão conta que 15 municípios catarinenses registraram prejuízos em zonas rurais, com os temporais que atingiram Santa Catarina entre os dias 14 e 15 de agosto. Meio Oeste, Planalto Norte e Litoral Norte foram as regiões afetadas. As perdas foram nas cadeias produtivas de leite, suínos, aves, reflorestamento, alho, frutas, fumo, erva-mate, banana, palmito, arroz e plantas ornamentais.

"A Defesa Civil estadual continua o seu trabalho de assistência aos atingidos. Até o momento, mais de 34,5 mil itens de assistência humanitária já foram entregues. Foram encaminhados para as áreas atingidas 74 rolos de lona, 550 colchões e 20,6 mil telhas, além de cestas básicas", informou o Governo, em nota.

 

 

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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